A queda do preço nos combustíveis é uma condição que está dentro do escopo do mercado internacional. Desde a gestão do governo Temer, optou-se por não interferir nos valores. A Petrobras recebe as oscilações no barril do petróleo e repassa para o preço final.
Para o professor Joseph David Vasconcelos, do Departamento de Teoria Econômica da Universidade Federal do Ceará (UFC), não há muita perspectiva para as quedas no curto prazo. "O que está acontecendo com as reformas, como a da Previdência (que já foi aprovada) e a tributária vão gerar fôlego para, no futuro, não ter uma questão de déficit tão severa", diz. Com essa realidade, haveria espaço para mexer no Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS).
Já Vander Mendes Lucas, professor do Departamento de Economia da Universidade de Brasília (UnB), analisa que há o impacto da oscilação do valor do etanol, que muda em razão da entressafra.
Isso faz com que reajustes para baixo da estatal não sejam observados nas bombas. A Petrobras já baixou o preço da gasolina nas refinarias quatro vezes em um período de quatro semanas. O último foi de 4,3%. Além disso, ele frisa que "os governos locais precisam ficar atentos a cartéis".