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Custo de vida será maior para população de baixa renda se modelo atual da reforma tributária for aprovada
Economia

Custo de vida será maior para população de baixa renda se modelo atual da reforma tributária for aprovada

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Caso seja efetivamente aprovada com base nas propostas que tramitam no Congresso Nacional, a reforma tributária trará um impacto significativo para a população de baixa renda, segundo projeta o estudo divulgado ontem pela Seplag. Isso porque as duas PECs preveem o fim da alíquota diferenciada para produtos da cesta básica, o que aumentará substancialmente o custo de vida desta parcela populacional.

"Os itens que compõem essa cesta são a base da alimentação de várias famílias que vivem na pobreza e na extrema pobreza. Esses indivíduos serão diretamente impactados e terão um forte aumento no custo do gasto com alimentação", destaca o relatório.

Segundo o deputado federal Mauro Benevides Filho (PDT) e secretário licenciado na Seplag, a atual carga tributária sobre a cesta básica é de 7%, devendo subir para 25% caso a reforma seja aprovada nos moldes atuais. "Vai ser um aumento de carga brutal, que piora a justiça fiscal brasileira, tornado-a ainda mais desigual", afirma.

Conforme o estudo, há uma discussão para criação de mecanismos de suavização do impacto da reforma sobre os mais pobres, por meio de instrumentos de devolução de impostos, nos moldes de programas como o Bolsa Família. No entanto, destaca o relatório, nenhuma dessas amenidades está prevista.

"O Governo Federal cogita um modelo para que todas as empresas estejam preparadas para receber o CPF ou o NIS (Número de Identificação Social) durante a compra, identificando se aquele consumidor é, ou não, de baixa renda. Assim, 30 dias depois, haveria a devolução do tributo, caso isso funcione. Aí eu pergunto: será que o mais pobre tem esse capital de giro?", questiona o parlamentar.

 

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