Para que vejamos a popularização dos aparelhos de captação fotovoltaicos no Brasil será necessária a promoção de incentivos por parte do Governo Federal. Isso é o que observa o professor do Departamento da Indústria e do Mestrado em Energias Renováveis do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará (IFCE), Cláudio Marques de Sá.
Isso porque, mesmo com a expansão do mercado e barateamento do sistema fotovoltaico, os custos ainda são elevados. Sobre o processo de incentivo governamental, ele é baseado no exemplo da Alemanha, que foi pioneira na implantação de sistemas de produção de energia solar na Europa.
"Ainda vai demorar um pouco (para as placas se popularizarem). Na Alemanha, que é onde começou esse sistema, houve um projeto de subsídio do governo que popularizou o sistema de produção de energia fotovoltaica entre a população. Era um produto produzido naquele país. E para acontecer essa popularização no Brasil seria necessário tipo de incentivo parecido", complementa.
Ainda nesse contexto, a polêmica envolvendo a regulação do setor ainda depende da aprovação, que deve vir de projeto em tramitação no Congresso Nacional. Até então, o setor era regido por marcos regulatórios expedidos pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), que havia operado em favor da redução do benefício fiscal para os geradores de energia, que contribuíam com a geração que sobrava da produção de suas redes. Essa medida, de acordo com o professor, "deixa o investidor na dúvida, causa insegurança".