A cotação do dólar turismo disparou em Fortaleza. A moeda pode ser encontrada por até R$ 4,65, quando estava a R$ 4,53 na sexta-feira, 21. De acordo com o diretor de operações da Sadoc Câmbio e Turismo, Breno Cysne, "a tendência é que o mercado fique bem volátil. Quem tiver viagem marcada, é sempre bom antecipar a compra".

Com a flutuação do dólar e perdas na B3, as principais impactadas foram as companhias aéreas Gol e Azul, além da operadora de viagens CVC. Também sofreram impacto ontem as ações da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), Petrobras e Vale, que caíram 10,89%, 9,54% e 10,05%, respectivamente. As ações da cearense Arco Educação na Nasdaq caíram 0,14%.

O presidente do Conselho Regional de Economia do Ceará (Corecon-CE), Ricardo Coimbra, aponta que os principais impactos envolvem empresas que têm interesses no mercado internacional. Para ele, com a chegada do coronavírus (Covid-19) ao Brasil, a desvalorização do real vai depender de como o Banco Central (BC) vai atuar.

No mercado de combustíveis, o mercado não deve sentir tanto efeito e o preço deve ficar equilibrado, uma vez que o valor do barril de petróleo no mercado internacional está em baixa.

Já a gerente do Centro Internacional de Negócios (CIN) da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (Fiec), Karina Frota, analisa que no viés da importação passaremos por um provável retração, com produtos chegando mais caros para o consumidor final.

Ela, entretanto, diz que setores como o de massas, pães e biscoitos trabalham com contratos de cotação fixa, o que devem fazer com que o efeito da alta demore a chegar na prateleira. Mas cenário de risco mundial impacta ainda o turismo.