A Associação Internacional de Transportes Aéreos (Iata, pela sigla em inglês) previu ontem que as perdas de receita do setor em função da epidemia de coronavírus deverão ficar entre US$ 63 bilhões e US$ 113 bilhões em 2020. Em fevereiro, a Iata havia feito uma projeção de redução de receita bem menor, de cerca de US$ 29,3 bilhões, levando em consideração um cenário em que o surto se restringiria basicamente à China e a mercados ligados ao país.
Desde então, no entanto, o Covid-19 se espalhou para mais de 80 países e as reservas aéreas foram gravemente afetadas em rotas fora da China.
"É incerto como o vírus vai se desenvolver, mas independentemente de virmos o impacto restrito a uns poucos mercados e uma perda de receita de US$ 63 bilhões, ou um impacto mais amplo que cause uma perda de US$ 113 bilhões, estamos numa crise", avaliou a Iata, que representa cerca de 290 companhias aéreas.
O executivo-chefe da Iata, Alexandre de Juniac, propôs ainda que governos considerem a possibilidade de isentar as empresas aéreas de impostos e outras taxas. "Tratam-se de tempos extraordinários", argumentou. (Agência Estado)