Tratado como possibilidade por alguns restaurantes de Fortaleza, o serviço de entrega virou necessidade para que os mesmos continuassem em atividade durante as restrições impostas para combater a disseminação do coronavírus no Ceará. Além do delivery, os estabelecimentos também têm trabalhado com o modelo 'to go', onde os clientes fazem o pedido por telefone ou canais digitais e passam no local para retirar a refeição devidamente embalada.
O restaurante O Mar Menino, no bairro Aldeota, por exemplo, passou a oferecer os serviços de delivery e 'to go' desde o sábado, 21, algo que estava fora dos planos antes da pandemia. "Nunca foi opção entregar em casa. Sempre acreditamos que a experiência de ser recebido pela gente, com a comida saindo diretamente do fogão, sempre seria a melhor alternativa, mas entendemos que o momento é outro e precisamos nos adaptar", afirma o chef Léo Gonçalves.
Com um cardápio reduzido e preços promocionais, o restaurante disponibiliza seis opções de entradas, 11 pratos principais, além de acompanhamentos e sobremesas. Até o momento, a casa opera com delivery próprio e atende apenas os bairros Aldeota, Meireles, Praia de Iracema, Dionísio Torres e Varjota, já que ainda não fechou acordo com nenhum aplicativo de entregas.
"Talvez seja um pouco mais demorado, mas vamos tentar nos adaptar. Todos os pequenos empresários estão sofrendo neste momento, por isso é importante que as pessoas apoiem os negócios locais", reforça Gonçalves. Nas redes sociais, o chef faz questão de mostrar todos os cuidados que a casa tem tomado com a higienização dos alimentos. "A cozinha está completamente isolada. Só entra no máximo quatro pessoas e todas as embalagens são limpas com álcool 70%. Além disso, todos estão sempre limpando as mãos com álcool em gel", diz.
Quem também iniciou seu delivery nesta quarta-feira, 25, através do aplicativo iFood, foi o restaurante ZOI, do Colosso Fortaleza, que adaptou seu cardápio para oferecer pratos individuais, sushis e saladas durante a quarentena. Além disso, o estabelecimento aliou o lançamento a uma campanha social. "A cada pedido feito, uma refeição será doada para uma instituição que cuida de idosos, público mais vulnerável diante do coronavírus", diz a empresa.
Segundo o CEO do Colosso Fortaleza, Eduardo Castelão, o serviço de entregas já era pedido por clientes e fazia parte dos projetos futuros do ZOI, mas os planos acabaram sendo antecipados por conta da situação atual. "Não tenho a menor ideia de como será a recepção, pois estamos inciando uma operação nova em um momento adverso", ressalta. Ele pondera, porém, que a casa está tomando todas as medidas para garantir a qualidade e segurança dos alimentos.