A solução em meio à crise é enxugar o quadro de funcionários. E sem crédito para socorro financeiro, o presidente da CDL Fortaleza, Assis Cavalcante, diz que seria uma medida natural.

"A demissão é a solução para as empresas, mas não é o ideal para a economia", diz. Desde o início desta crise a quantidade de lojas fechadas cresceu em meio à demora de medidas como a liberação de recursos do Governo para pagamento de salários.

Daniel Moreno, advogado especialista em Direito do Trabalho e sócio do escritório Magalhães & Moreno Advogados, ressalta que a Medida Provisória de financiamento de salários visa manter postos de trabalho, mas a MP não foi divulgada.

"Para combater os efeitos da pandemia, o ideal é que o trabalhador tivesse estabilidade no emprego de seis meses. Apenas um real apoio às empresas e trabalhadores, por parte do governo, terá real sucesso em manter a economia girando enquanto se combate o avanço do coronavírus."

Em meio ao problema, a fintech de empréstimos BizCapital realizou levantamento com micros e pequenas empresas e constatou que houve aumento de 67% nos pedidos de créditos que justificaram o motivo ser o coronavírus.

Francisco Ferreira, sócio-fundador da BizCapital, comenta que o aumento é reflexo do planejando para evitar fechar as portas ou para cumprir compromissos em um momento de enorme incerteza.

A fintech ainda oferece carência das duas próximas parcelas, em meio à crise, isso aliado à queda na taxa de juros é um diferencial, diz Ferreira.

"Nossa taxa média vinha caindo nos últimos meses, seguindo a queda na taxa básica. Mas se pararmos para analisar as últimas duas semanas, o mercado de crédito, principalmente para os pequenos empresários, foi muito demandado. As PMEs foram brutalmente impactadas pela crise".