A tendência é que as tecnologias usadas hoje sejam incorporadas definitivamente nos processos de vendas de um imóvel após a pandemia do novo coronavírus (Covid-19). O que deve mudar mesmo é a percepção e os critérios dos consumidores. Com o mercado de trabalho sofrendo modificações, muitos negócios podem adotar o home office de forma efetiva.

O diretor comercial da J.Simões Construtora, Daniel Simões, explica que, durante a crise, há uma demanda de consumidores que passaram a usufruir mais da moradia e, consequentemente, surgiram novas necessidades.

"A gente perceber que alguns hoje sentem no dia a dia uma diferença que faz uma varanda, uma área de lazer, academia e espaço confortável para trabalhar", aponta. Nesse contexto, os condomínios que dispõem de coworking, por exemplo, serão mais atrativos.

O gestor regional da MRV Engenharia, Carlos Davidson, destaca que o déficit habitacional ainda é muito grande. "Moradia continuará sendo muito importante para as pessoas. E, neste setor econômico, temos todo um pacote de medidas para mantê-lo pujante", avalia.

Patriolino Dias de Sousa, presidente do Sindicato das Construtoras do Ceará (Sinduscon-CE), destaca que o mercado irá se adaptar ao novo momento que o Brasil e o mundo enfrentam. "Acreditamos que o auxílio da Caixa será decisivo no momento de retomada das atividades do setor aqui no Estado. O setor da construção civil será o maior propulsor do crescimento do Ceará após o fim da quarentena", diz.

Com os incentivos dados pelos bancos, acrescenta, as empresas terão retomadas mais seguras. "São ações importantes para mitigar os impactos da crise. Se tivermos taxas de juros menores, não tenho dúvida de que o mercado voltará a aquecer", frisa.