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Os desafios para superar o desemprego após a pandemia de coronavírus
Economia

Os desafios para superar o desemprego após a pandemia de coronavírus

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O mercado já enfrentava altas taxas de desemprego que deverão ser agravadas pela pandemia. No primeiro trimestre de 2020, faltou trabalho para 27,620 milhões de pessoas no País, segundo os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), iniciada em 2012 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Ainda é cedo, porém, para dizer que esses números espelham os efeitos da Covid-19. O professor do Departamento de Economia Aplicada da Universidade Federal do Ceará, Guilherme Irffi, explica que não é possível comparar o quarto trimestre (outubro a dezembro) com o primeiro trimestre (janeiro a março) em razão da sazonalidade, mas pondera que a projeção não é positiva.

"Com a diminuição do comércio internacional, podemos ter ainda maiores efeitos no emprego e na renda das pessoas, bem como no faturamento das empresas", complementa.

Os que mantiverem o emprego, terão de se adequar. O vice-presidente da Comissão de Direito do Trabalho da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-CE), Daniel Moreira, frisa que já há legislação para o trabalho remoto na CLT e na Medida Provisória 927. O maior gargalo, avalia, poderá ser estabelecer os vínculos dos informais.

Moreira acrescenta que muitos trabalhadores que tiveram a suspensão em razão da MP 936 — que permite a suspensão o contrato de trabalho ou redução da jornada e salário por três meses — ainda não receberam o complemento da renda.

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