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Alívio ao mercado e precariedade no trabalho
Economia

Alívio ao mercado e precariedade no trabalho

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Representantes dos setores acreditam que as ações são um alívio. Para a classe trabalhadora, há incertezas na manutenção dos empregos, além da diminuição da renda.

Na avaliação do vice-presidente da Federação das Indústrias do Ceará (Fiec), André Montenegro, o foco para o setor era a suspensão do contrato. "Evitou que milhões de trabalhadores fossem demitidos. Quanto à desoneração, seria muito bom, mas compreendo que causa um desequilíbrio nas contas públicas. Até o fim de 2020 já é bastante coisa", diz, acrescentando que a desoneração pode ser revista em uma reforma tributária.

Já o presidente da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado do Ceará (Fecomércio), Maurício Filizola, explica que a indústria é a mais afetada, mas diz que qualquer medida para favorecer os setores econômicos "é bem-vinda para auxiliar as empresas".

Para o diretor da Central Única dos Trabalhadores (CUT-CE), Roberto Luque, as medidas geram mais vulnerabilidade aos funcionários e não atendem à necessidade garantia dos empregos. "É uma política nefasta para a classe trabalhadora e péssima para a economia brasileira. Com o salário menor, o trabalhador não consome e não faz a roda da economia girar", analisa.

"Somente o grande empresário é beneficiado com esse programa que é uma desculpa para demissões. É preciso dar condições de consumo ao trabalhador e conceder crédito ao pequeno e microempreendedor", acrescenta.

 

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