Para o especialista em Transporte Aéreo, Adalberto Febeliano, o pedido de recuperação judicial, em princípio, não deve afetar as operações diárias, já que está mais relacionado à forma com que a Latam Airlines Brasil renegocia seus contratos, como o de arrendamento ou compra de aeronaves. Tampouco representa necessariamente um prenúncio de falência.

Do ponto de vista do consumidor, o codeshare da Latam com a Azul (parceria em que duas ou mais companhias aéreas compartilham o mesmo voo, os mesmo padrões de serviço e os mesmos canais de venda), firmado em junho, é mais importante, afirma Febeliano.

"Esta recuperação judicial é neutra para as operações diárias. As empresas estão prontas para retomar os voos, o que precisa é de passageiro, de quando este fluxo volta".

O advogado do escritório Braga Lincoln Advogados, Ernani Soares, reforça que o fato de a companhia ter optado por entrar com a recuperação judicial nos EUA, onde as regras são mais flexíveis, e permitem, por exemplo, que os leasings (arrendamentos) de aviões sejam incluídos no processo, diferentemente do Brasil, é uma sinalização a mais de que não haverá de imediato suspensão de voos.

Mas é bem provável que a Latam saia menor deste processo. A companhia, por exemplo, antes disso já previa demissão de mil funcionários em terra no Brasil neste ano.