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O acesso à rede pública
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O acesso à rede pública

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Afora os atendimentos em hospitais de urgência e emergência e Unidades de Pronto Atendimento, é possível também fazer o teste pela rede pública a partir da indicação médica em qualquer posto de saúde da Capital. Porém, apenas testes rápidos.

"É para ser feito depois apenas para confirmar se teve ou não a doença do Coronavírus. O que deve ser feito no início é avaliação do profissional, uso da máscara e isolamento. Após o acompanhamento, quando ela estiver melhor, ela retorna ao posto e pode fazer o exame", explica o coordenador da Rede de Atenção Primária e Psicossocial de Fortaleza, Rui de Gouveia.

Na semana passada, a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) incluiu no rol de procedimentos obrigatórios de cobertura pelos planos de saúde o teste sorológico. Antes estava previsto apenas o PCR. O procedimento deve ser feito quando houver indicação médica.

Para o professor da Faculdade de Medicina da UFC, Luciano Pamplona, o baixo índice de testagem no Brasil tem levado a um subdimensionamento dos casos. O mais recente inquérito soroepidemiológico de Fortaleza, pesquisa por amostragem feita a partir de testes aplicados de forma aleatória na população, sinaliza que 15% da população já teve contato com o vírus. "É um número muito maior do que a quantidade de casos confirmados".

Luciano reforça que a testagem é essencial para entender melhor a doença. Pesquisas evidenciam, por exemplo, que o fato da pessoa ter criado anticorpos, não significa que ela não corre o risco de contrair a doença de novo ou voltar a manifestar os sintomas.

"Também se acreditava inicialmente que para atingir o platô (o pico da doença) era preciso ter uma imunidade de rebanho alta, em torno de 60%. Mas o que estamos vendo é que em muitos locais, os números estão caindo mesmo com a prevalência mais baixa (população exposta), em 8%. O que sabemos é muito pouco, a testagem é importante para entender como as coisas se desenvolvem".

Ele também reforça a necessidade de manter o distanciamento social. "O problema não passou. E a máscara e o isolamento são as principais medidas de impacto físico para reduzir a transmissão".

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