A cearense Brisanet vai disputar pelo bloco do Nordeste no leilão da rede 5G, que será realizado pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), no segundo semestre do próximo ano. Serão ofertadas autorizações de uso de radiofrequências nas faixas de 700 MHz, 2,3 GHz, 3,5 GHz e 26 GHz.
Serão três licenças nacionais, sendo dois blocos de 100 MHz e um de 80 MHz, além de regionais. Um deles será somente para as chamadas PPPs (operadoras de pequeno porte). Já o de 60 MHz poderá ser arrematado por qualquer operadora.
Se conseguir ficar com o bloco do Nordeste, a Brisanet poderá operar a quinta geração em toda a região. Movimento que já está na meta da empresa é a capilaridade em todas as cidades do Nordeste nos próximas três anos.
O Ceará, principal mercado da Brisanet, seria o primeiro beneficiado com a tecnologia. "Vamos participar com a intenção de de sermos contemplados e explorar diretamente e, também, via nossos franqueados", disse o presidente da empresa, José Roberto Nogueira.
"O Ceará tem uma tendência sempre a ser implementado primeiro. Nossa sede está aqui, temos capilaridade muito grande e infraestrutura", analisou, acrescentando que faria um movimento inverso, começando pelo Interior para chegar rapidamente à Capital. Seguidos dos estados do Rio Grande do Norte, Paraíba e Pernambuco.
O leilão ocorrerá ainda neste ano, mas houve atrasos em razão da pandemia. Em nota, a Anatel disse que "um dos principais desafios de implementação do 5G são o alto volume de investimentos necessários, seja na aquisição de radiofrequências, por meio do leilão, bem como no investimento da rede em si, que incorrerá nos custos de atualização tecnológica e de aumento de capacidade da rede, sendo necessária, a depender da faixa de radiofrequências a ser utilizada, a instalação de inúmeras estações rádio base (ERBs, as "antenas") para a prestação adequada do serviço", afirmou.