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Rede Blue Tree negocia hotel da bandeira Othon na Beira Mar
Economia

Rede Blue Tree negocia hotel da bandeira Othon na Beira Mar

A presidente da rede Blue Tree Hotels, Chieko Aoki, foi a convidada do projeto O POVO em Casa. Ela diz que a intenção de retornar a Fortaleza é motivada pela pujança observada na Cidade
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  Chieko Aoki, presidente da rede Blue Tree Hotels (Foto: Divulgação)
Foto: Divulgação  Chieko Aoki, presidente da rede Blue Tree Hotels

Depois de cinco anos fora do mercado hoteleiro de Fortaleza, a rede Blue Tree Hotels pode voltar a operar na Cidade. O grupo está na disputa com a Atlântica, já à frente de Quality e Comfort, e a Matiz, do segmento low cost (econômico), pela administração de um hotel na Beira Mar, atualmente, sob a bandeira dos Hotéis Othon.  
Atualmente, a rede Blue Tree Hotels administra 22 empreendimentos em 16 cidades brasileiras. Em Fortaleza, operou até 2015 o Blue Tree Premium Fortaleza, a 200 metros da Praia de Iracema.
A participação em uma concorrência aberta na capital cearense já havia sido adiantada no último dia 21 pela própria fundadora e presidente do grupo, Chieko Aoki, em entrevista à jornalista Neila Fontenele. Mas na ocasião, não revelou qual era o hotel.
Ontem, Chieko foi a convidada da live do projeto O POVO em Casa, com o editor-chefe de Economia e Negócios do O POVO, Jocélio Leal. E, apesar de não ter entrado em detalhes sobre negociação em andamento, falou que a intenção de retornar é motivada pela pujança observada na Cidade.
Também fez uma análise sobre o impacto da pandemia no setor do turismo. Embora todo dia ainda seja um aprendizado, como ela diz, e há muitas incertezas - a maior delas, sobre quando o setor voltará a se movimentar de fato - algumas lições podem ser tiradas. “A primeira delas é sobre o quanto é importante valorizar ainda mais o trabalho, o cliente e estar se reinventando o tempo todo, porque coisas inesperadas acontecem”.
Outra diz respeito à gestão do risco e a necessidade de desenvolver uma cultura de prevenção no Brasil. Porém, ela entende que uma retomada mais efetiva do turismo depende da união de esforços, não somente do segmento hoteleiro, mas de toda uma cidade. Tanto no sentido de tornar seguro o retorno do turista, do ponto de vista sanitário, mas no de melhorar a hospitalidade daquele destino. “Não é só o hotel, é a cidade. É preciso que as pessoas tenham consciência de que a sua atitude influencia no todo. Esse é maior desafio”.
Para Chieko, este não é o momento de se pensar individualmente. “Não adianta só você sobreviver (enquanto empresa), primeiro porque a economia afunda se você sobrevive sozinho”.
Apesar de dificuldades, ela enxerga oportunidades para o setor. Dentre estas, o segmento corporativo, que pode ganhar impulso com o trabalho remoto, no qual há um entendimento maior de que não é preciso estar necessariamente em um escritório para manter a eficiência.
“Eu acredito que, com essa tecnologia toda, vai diminuir o número de grandes eventos. Talvez, depois quando tivermos a vacina, seja outra história. Mas o mercado corporativo é muito grande e as pessoas estão sempre fazendo viagens a negócios. E na própria cidade tem várias empresas que movimentam muita gente”.
Neste contexto, o Nordeste pode ser favorecido, pois além de dispor de infraestrutura para o turismo corporativo, é considerado uma espécie de “Caribe” brasileiro. “E as pessoas estão procurando cada vez mais lugares novos. O Brasil ainda é um lugar novo. O Nordeste, apesar de ter muita gente, ainda é um destino novo. Eu acho que toda a América do Sul e a América do Norte têm um mercado enorme para explorar aqui no Brasil”.
Com tantas cidades disputando esta volta do turista, Chieko reforça que é essencial unir os setores para aprimorar e qualificar processos. Do atendimento no aeroporto, à viagem com o taxista, ao atendimento em um restaurante ou no hotel é preciso saber dizer em ações que o turista é bem-vindo naquele destino. “O brasileiro tem este calor humano que é a coisa mais preciosa, só que precisa trabalhar melhor isso de forma que o estrangeiro possa aproveitar melhor este dom”.

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