A inclusão do PIX como modalidade de pagamento disponível para os usuários será obrigatória para as instituições financeiras e de pagamentos autorizadas que possuam mais de 500 mil contas ativas. Ou seja, quado o sistema for lançado, todos os grandes bancos "tradicionais" já devem estar adequado à novidade. Para as menores, é opcional e pode ser feito de forma indireta, por meio das empresas plugadas à plataforma criada pelo Banco Central. Mas, até o momento, quase mil solicitações já foram aprovadas pelo órgão regulador.
A primeira etapa de lançamento do sistema está prevista para o dia 5 de outubro, quando os clientes poderão fazer registros de chaves nos bancos, vinculando o número de telefone celular, e-mail ou CPF/CNPJ àquela conta específica. Mas o início das operações está previsto para 16 de novembro. Nesta primeira fase, 120 instituições vão oferecer o serviço.
De acordo com Alexandre Pinto, da Matera, o momento é de testes de conectividade das transações entre as instituições financeiras já habilitadas. Mas há ainda pontos de indefinição como, por exemplo, o processo de automação comercial dos lojistas para disponibilizar este tipo de pagamento na frente de loja. O que ainda está sendo discutido.
"Um supermercado que queira oferecer o PIX como meio de pagamento, precisa de sistema de automação comercial preparado para receber a tecnologia. Caso contrário, a pessoa vai fazer o pagamento, vai cair na conta de destino, mas a informação precisa chegar ao software daquele frente de caixa, na nota fiscal. A notificação está sendo padronizada, porque aí não importa se o pagamento foi feito pelo Itaú ou Nubank, , por exemplo, vai constar lá".
Também ainda estão sendo discutidos mecanismos para coibir fraudes. Evitar, por exemplo, que um criminoso cibernético invada o celular do vendedor e gere um código corrompido para receber indevidamente a transferência em uma conta distinta.
Gastão Mattos explica que a maioria das empresas de meios de pagamentos está trabalhando em camadas de segurança à solução, com projetos centrados e integrados aos sistemas do Banco Central, fintechs e agentes que operam a tecnologia.
"Há também mecanismos de proteção nas compras online que serão reformuladas para o novo sistema, como é o caso da solução de autenticação pelo celular, que envolve o banco emissor e o correntista", afirma.