Na empresa cearense Positive Brands, sócia das marcas Tal da Castanha e Jungle, de produtos plant-based (que têm vegetais como base, sem proteína animal), a preocupação não está somente em oferecer aos consumidores produtos 100% naturais. Também está em reduzir os impactos ambientais negativos dos seus processos e ampliar a presença social dentro da comunidade em que atua, de uma forma que isso possa ser mensurado e contabilizado como uma métrica tão importante quanto a financeira.

Foi uma das primeiras no Estado a se tornarem uma empresa B certificada, que visa como modelo de negócio o desenvolvimento social e ambiental.

"A gente tem, desde que fundou o negócio, alguns valores que, independentemente de como é classificado como mercado, fazem parte da nossa filosofia, como a preservação do meio ambiente. Hoje a compensamos 100% de todas as embalagens que a gente produz, por exemplo", afirma Rodrigo Carvalho, diretor da Positive Brands.

A empresa, no início deste ano, firmou contrato de joint venture com o Grupo 3Corações (50% do negócio para cada). Para Rodrigo, a forma como a empresa se posiciona contribuiu para a concretização do negócio e também para o crescimento observado neste mercado nos últimos anos. "O consumidor está mais atento a isso, não só ao produto, ao rótulo, mas sobre o como é feito aquele produto que ele consome", avalia.

Ele diz que quando começou a vender leite à base da castanha, há cinco anos, quase não havia opções no mercado e a maior parte do público era formado por consumidores alérgicos ao leite de vaca ou veganos. "Mas hoje estamos crescendo muito mais pela consciência das pessoas de fazer uma alimentação mais saudável e com menos impacto. Nos últimos anos estamos dobrando de tamanho a cada ano".

Neste primeiro semestre, houve um aumento de 205% na receita de vendas online quando comparado a igual período de 2019. O que sinaliza para ele mais uma mudança. "A gente acredita que boa parte desse movimento fica".