Somada à flexibilização do comércio, neste mês de agosto, a reabertura de destinos turísticos brasileiros tem atraído cada vez mais pessoas às ruas. Um movimento que traz fôlego à economia, mas, também, preocupações em relação ao controle da pandemia do novo coronavírus.

Infectologistas alertam que os protocolos rígidos ajudam a reduzir os riscos de infeção, mas reforçam que a quarentena ainda é a principal forma de prevenção até que a eficácia de uma vacina seja comprovada.

Para a doutora em doenças infecciosas e professora da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Ceará (UFC), Terezinha Leitão, é preciso ter cautela antes de tomar a decisão de viajar.

"Eu acho corajoso fazer isso em um momento em que se conhece tão pouco da doença e temos uma imunidade que, talvez, não vá além de três meses. Há muitas repostas que ainda não temos", explica, destacando que as incertezas aumentam os riscos para os viajantes.

"O ideal é que as pessoas evitem, mas, quem resolver fazer, que faça mantendo distanciamento e viaje apenas com as família que convive na mesma casa", diz.  "A gente tem medo. Porém, por um lado, a nossa vida precisa continuar, temos de retomar pouco a pouco, consumir, movimentar a economia. Mas tudo isso com muita cautela e lembrando que temos uma população bastante vulnerável, como pais e avós", observa.

O professor do Núcleo de Medicina Tropical da UFC, Ivo Castelo Branco Coelho, pondera que a pandemia ainda não terminou, sendo preciso manter as medidas de distanciamento social. Quando houver necessidade de sair, no entanto, que seja longe de aglomerações e com todos os equipamentos de proteção individual (EPIs).