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Rappi busca o equilíbrio no mercado de entregas
Economia

Rappi busca o equilíbrio no mercado de entregas

De acordo com o CEO da empresa no Brasil, Sérgio Saraiva, a demanda aumentou, mas cadastro de novos entregadores é ainda maior
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SÉRGIO Saraiva é presidente da Rappi 
no Brasil desde 
janeiro de 2020 (Foto: Divulgação)
Foto: Divulgação SÉRGIO Saraiva é presidente da Rappi no Brasil desde janeiro de 2020

O período de pandemia fez com que as empresas de delivery vissem sua demanda por pedidos aumentar consideravelmente, ao mesmo tempo em que houve queda no ganho dos entregadores em função do crescimento no time. Com isso, a categoria chegou a paralisar por um dia no País. Diante deste cenário, o CEO da Rappi no Brasil, Sérgio Saraiva, diz que a empresa busca equilíbrio "numa situação completamente atípica" para atender aos entregadores.

Sérgio explica que a demanda da categoria não é prioritariamente por vínculos empregatícios, mas por maior volume de pedidos com pagamento mais justo. "Tanto que depois da greve o movimento não se manifestou mais, porque viram que os aplicativos não têm como resolver isso de uma forma individual. Isso é uma coisa da sociedade, do momento do mundo", disse ele no projeto O POVO em casa, ao editor chefe dos núcleos de Economia e Negócios do O POVO, Jocélio Leal. Na oportunidade, ele ainda destacou que o modelo de negócios da empresa não foi abalado, mas que o processo de evolução é constante.

O entrevistado revelou ainda que muito da insatisfação dos entregadores está relacionado ao número exorbitante de novos cadastrados. Durante a pandemia, a quantidade de entregas na Rappi subiu entre duas vezes e duas vezes e meia, mas a quantidade de entregadores disponíveis subiu dez vezes.

Sérgio afirma que isso fez com que a demanda não atendesse a oferta de entregadores disponíveis nas ruas. Então a categoria passou a ter menor retorno na pandemia. Dentre as medidas de apoio, o CEO destaca as parcerias com postos de combustível e seguros com o objetivo de diminuir custos desses parceiros. Mas, foi observado pela empresa que outros benefícios, como de alimentação e saúde, também podem ser oferecidos e são pontos que estão sendo trabalhados.

"Não são ações compensatórias. Como temos uma relação de colaboração, nós podemos usar uma força que individualmente os entregadores não têm para fazer uma negociação mais expressiva e com isso todos se beneficiarem", frisa.

Questionado sobre as taxas praticadas pelos apps junto aos restaurantes, ele diz que a Rappi não tem as maiores do mercado e durante a pandemia ofereceu benefícios, como a antecipação do prazo de repasse de 14 dias para sete dias. Sem revelar valores, ele diz que o percentual é negociado conforme o parceiro e também pela demanda. 

 

 


O jornalista Jocélio Leal (@jocelioleal) conversa com o presidente da Rappi Brasil, Sérgio Saraiva. O tema é: "Delivery na pandemia". ⠀Acompanhe.

Publicado por O POVO Online em Sexta-feira, 21 de agosto de 2020

A empresa

SOBRE A RAPPI

A Rappi é um aplicativo que oferece aos usuários uma plataforma em que é possível conseguir produtos e serviços de diferentes categorias, incluindo restaurantes, supermercados, farmácias, manicure, dogwalker, entre outros.

A empresa colombiana foi criada em 2015, chegou ao Brasil em julho de 2017 e está presente em mais de 100 cidades do País.

Além do Brasil, a Rappi está presente na Argentina, Chile, Colômbia, Costa Rica, Equador, México, Peru e Uruguai.

 

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