O Nordeste foi a região que pagou o salário médio mais baixo do País em 2018 no setor de serviços, com 1,7 salário mínimo (SM). Entre 2009 e 2018, houve recuo de de 2,5 para 2,3 salários no Brasil. O Ceará tem salário médio de 1,74 salário, superando pouco a média regional. Os dados são da Pesquisa Anual de Serviços (PAS) 2018 divulgada ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A pesquisa mostrou que houve queda desse indicador em todas as regiões do País na série histórica analisada. Em 2009, o salário médio era de 1,8 no Nordeste. De acordo com a pesquisa mais recente, o Sudeste registra o maior pagamento no setor de serviços, com 2,5 salários mínimos. A seguir estão Sul (2,1 SM), Centro- Oeste (2,1 SM) e Norte (1,9 SM).

No cenário do Nordeste, Pernambuco detém o melhor salário médio, de 1,88 salários mínimos. Na sequência, estão Bahia (1,78), Ceará (1,74), Maranhão (1,68), Paraíba (1,65), Rio Grande do Norte (1,63). Por fim, segundo o IBGE, Sergipe (1,57 SM), Alagoas (1,53 SM) e Piauí (1,43 SM) possuem os três pagamentos médios mais baixos da região.

Ontem, estudo publicado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) mostrou ainda que cerca de 4,4 milhões (6,5%) de domicílios brasileiros sobreviveram, em julho, apenas com a renda do auxílio emergencial pago pelo Governo Federal para enfrentar os efeitos econômicos da pandemia de Covid-19. Entre os domicílios mais pobres, os rendimentos atingiram 124% do que seriam com as rendas habituais.

A ajuda financeira também foi suficiente para superar em 16% a perda da massa salarial entre as pessoas que permaneceram ocupadas, segundo a análise que usa como base os microdados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Covid-19 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). (Com Agência Brasil)