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Benefício ajuda a impulsionar recuperação econômica
Economia

Benefício ajuda a impulsionar recuperação econômica

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Tipo Notícia

Para entender a importância do auxílio emergencial para retomada da economia, no Ceará, em agosto, a massa de rendimentos proveniente deste tipo de benefício somou pouco mais de R$ 1,65 bilhão. O montante chega a ser quase três vezes a mais do que a renda efetiva perdida pelos trabalhadores no mês por conta da pandemia.

De acordo com o estudo do Ipea, em agosto, a diferença entre a massa salarial efetiva no Estado (R$ 4,4 bilhões) e a que era habitualmente recebida (R$ 4,8 bilhões) totaliza
R$ 420 milhões.

Na avaliação do professor da Universidade Estadual do Ceará (Uece), Lauro Chaves, PHD em Desenvolvimento Regional pela Universidade de Barcelona, esse estudo feito pelo Ipea escancara a realidade desigual e injusta da sociedade brasileira.

"E mostra que é urgente a implantação de um programa de renda mínima, que venha não só substituir o auxílio emergencial, como o Bolsa Família que oferece renda menor".

Ele entende, porém, que é preciso cuidado na modelação deste substituto. Não dá para acabar, por exemplo, com o PIS, Abono Salarial ou seguro-desemprego. "Não dá para substituir todos os programas sociais, porque são públicos e finalidades diferentes. È preciso encontrar um equilíbrio".

Também entende que, com a retomada da economia, é possível voltar à renda habitual das famílias no período anterior à pandemia em 2021. "Mas recuperar a renda, o PIB e a dinâmica que existia antes da recessão ainda vamos levar alguns anos. Talvez em 2024, a gente chegue ao nível de renda de dez anos atrás".

 

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