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Os diferentes pesos da pandemia no mercado de trabalho
Economia

Os diferentes pesos da pandemia no mercado de trabalho

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O estudo do Ipea também apontou como as dificuldades ocasionadas pela pandemia vêm impactando de forma diferente a renda do trabalhador brasileiro. Enquanto aqueles que têm carteira assinada e funcionários públicos continuaram a obter, em média, mais de 94% do rendimento habitual, os informais tiveram, em média, rendimentos equivalentes a 86,1% do que era habitual para o período.

A recuperação do nível de renda em agosto foi maior entre os trabalhadores por conta própria, que receberam 76% do que habitualmente recebiam, contra 72% em julho, alcançando rendimentos efetivos médios de R$ 1.486. Porém, eles continuam tendo um dos menores índices de renda efetiva.

O que ocorreu com os cabeleireiros é um exemplo. O autor do estudo, Sandro Sacchet, explica que os trabalhadores de tratamento de beleza e serviços pessoais receberam em agosto apenas 68,6% da renda habitual, auferindo uma renda média de R$ 1.072. "O resultado, porém, é melhor que o de julho, quando receberam 60% da renda habitual".

Ele diz que dentre os grupos que sofreram muito com a pandemia, mas que apresentaram maior recuperação em seus rendimentos, estão os trabalhadores de atividades artísticas, esportivas e recreação (crescimento de 15% da renda); atividades imobiliárias (aumento de 20%); hospedagem (10,5%); serviços de alimentação (7,1%); e transporte de passageiros (7,3%).

Na outra ponta, dentre os menos afetados, estão os trabalhadores que atuam na administração pública, na indústria extrativa, nos serviços de utilidade pública, na educação, em serviços financeiros e armazenamento, nos correios e nos serviços de entrega.

 

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