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Cratera em distrito de Guaiúba pode ser indicativo da passagem do meteorito; fragmentos podem ter caído no local
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Cratera em distrito de Guaiúba pode ser indicativo da passagem do meteorito; fragmentos podem ter caído no local

Astronomia
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IMAGEM captada do satélite Geo Estacionário Meteorológico mostra ponto luminoso sobre a Região do Maciço de Baturité (Foto: REPRODUÇÃO)
Foto: REPRODUÇÃO IMAGEM captada do satélite Geo Estacionário Meteorológico mostra ponto luminoso sobre a Região do Maciço de Baturité

Equipe de astrônomos esteve no Maciço de Baturité, na tarde deste domingo, onde uma cratera e uma pedra bem escura foram encontradas por uma morador da região entre os distritos de Itacima, em Guaiúba, e Amanari, em Maranguape.

Segundo o astrônomo Lauriston Trindade, que faz parte da Rede Brasileira de Monitoramento de Meteoros (Bramon), uma câmera da empresa Clima Ao Vivo, que é parceira da Bramon, registrou o fim da passagem do meteoro no céu de Fortaleza na manhã de sábado, 10. "Os astrônomos ainda estão tentando conseguir mais um vídeo pra conseguir calcular a trajetória do asteroide", explica Lauriston.

Pelas imagens, ele entrou com muita velocidade na atmosfera, as 6h42min, do sábado, dia 10 de outubro. "Muito luminoso e perfeitamente visível na câmera do Clima ao Vivo. A gente consegue ver nitidamente ele", explica Lauriston, que está em Fortaleza fazendo as pesquisas sobre o fenômeno.

Ainda segundo ele, os astrônomos acreditam que a explosão ocorreu a uns 20 quilômetros de altitude. "Pelas imagens da câmera a partir de Fortaleza, vemos que o pequeno asteroide se desloca muito rápido. E existe uma possibilidade de que eventuais fragmentos não tenham caído, na sua maioria, no Maciço de Baturité", comenta.

Uma equipe do Clube de Astronomia de Fortaleza foi na manhã deste domingo ao Maciço de Baturité para entrevistar e colher relatos de pessoas sobre o fenômeno com o objetivo de conseguir mais informações que possam ajudar a identificar o ponto imediatamente abaixo da explosão, onde fragmentos do meteorito poderiam ter caído.

Trindade explica ainda que os astrônomos estão esperando o grupo fazer um mapeamento, a partir do GPS, para começar a fazer os cálculos de trajetória. A expectativa é que hoje já exista um panorama mais fidedigno da trajetória desse meteorito. (Juliana
Matos Brito)

 

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