O corte de carne bovina chamado patinho pode custar de R$ 34,90 a R$ 43,90, a depender do açougue. A diferença de preço, de 26%, foi a maior observada entre os produtos mais vendidos na Capital. Mas as oscilações começam a partir de 3%.
A picanha, peça nobre, teve variação de 20% na comparação no menor e maior preços, chegando a custa R$ 59,99 o quilo. A carne moída também teve preço mais elevado, podendo ser 18% mais cara. O POVO consultou ontem, por telefone, em três açougues dos bairros José Bonifácio, Serrinha e Montese, na Capital.
O professor da Universidade Federal do Ceará (UFC) e pesquisador em Finanças Pessoais e Comportamentais, Érico Veras Marques, destaca que a pesquisa entre estabelecimentos é a melhor forma de economizar. "Em função do aumento do dólar, todas as commodities sofreram aumentos, incluindo a carne. A entressafra é um outro problema. O consumidor não tem como fugir das altas, mas a comparação de preços ajudará", explica.
Quando encontrar valores vantajosos, o indicado é estocar. "Mas, para isso, é necessário recurso e um lugar para manter o produto conservado, como um freezer. São cuidados importantes a serem pensados antes da compra maior", diz.
Érico acrescenta que adequações no cardápio também podem ser feitas, quando for necessário. Substituir o alimento por um de marca mais barata ou mesmo pela carne branca em determinados dias da semana, por exemplo. Outra dica é observar os dias de promoções em supermercados e açougues e programar a compra para aquele período.