A aprovação e a posterior promulgação das regras anima o setor de construção desde a aprovação do texto no Senado, que teve como relator o senador Tasso Jereissati (PSDB-CE). O presidente da Comissão de Infraestrutura da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), Carlos Eduardo Lima Jorge, sintetizou sobre o apetite do setor: "O novo marco legal do saneamento não é um ponto de chegada, ele será um novo ponto de partida".

De acordo com o BNDES, existem cinco projetos, em diferentes estágios de maturidade, que já são baseados nas previsões do marco legal do saneamento básico. O primeiro deles é datado de setembro, apenas um mês após a sanção presidencial.

Em 30 de setembro, foi realizado o leilão do projeto de concessão dos serviços de abastecimento de água e esgotamento sanitário da Região Metropolitana de Maceió. Sob a lida do BNDES, a vencedora foi a BRK Ambiental, que teve outras seis concorrentes. O grupo vencedor ofereceu R$ 2,009 bilhões, o que representou um ágio de 13.180% em relação ao valor mínimo estipulado para outorga do serviço (R$ 15,125 milhões).

O segundo projeto a ser licitado foi realizado na semana passada, em 20 de outubro, e diz respeito ao projeto de concessão administrativa de Cariacica (ES). Foram ao todo sete propostas, sendo a Aegea a empresa vencedora, com deságio de 38,12% em relação à tarifa máxima prevista.

No último leilão, no último dia 23, a Aegea também venceu concorrência para oferecer serviços de esgoto em 68 municípios do Mato Grosso do Sul, com deságio de 38,4%. Outros cinco projetos estão em fase de consulta pública no Rio de Janeiro, no Amapá e a do Acre deve ser lançada ainda em 2020.