O principal segmento de passageiros para as companhias aéreas são os relacionados a viagens executivas. Geralmente, esse grupo reserva passagens por mais vezes ao ano e sem tanta antecedência, o que beneficia as empresas. No entanto, a pandemia parece alterar esse modelo por causa da popularização das videoconferências.
Jardênia Siqueira, sommelier e diretora da loja especializada em vinhos D'Vinos, diz que a rotina de viagens e reuniões presenciais foi substituída pelos encontros por aplicativos. Ela conta que neste ano chegou a realizar apenas uma viagem antes da pandemia e projeta que depois da crise sanitária deve diminuir muito a frequência.
"A cifra que economizei é considerável. Eu fazia muito o trecho Fortaleza-Recife e essas passagens subiram muito de preço ultimamente. Agora, vejo muitas vantagens econômicas e profissionais, pois as reuniões online têm sido mais objetivas".
Jardênia ainda conta que, como o mercado de vinhos ainda não retornou por completo presencialmente, até as relações com os fornecedores são online. Antes da pandemia, era comum receber mais de uma vez por semana alguém vindo de outro estado. Segundo a sommelier, isso melhora inclusive o clima com a família: "Hoje tenho tempo de qualidade no ambiente familiar".