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À exceção do gás de cozinha, combustíveis estão mais em conta que em 2019
Economia

À exceção do gás de cozinha, combustíveis estão mais em conta que em 2019

Flutuações do dólar
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Tipo Notícia

De modo geral, à exceção do GLP, o gás de cozinha, os preços dos combustíveis no Ceará estão  mais baratos ou na mesma faixa de preço praticada em novembro de 2019. Mas, poderiam ter caído mais se não fosse o dólar alto.

Isso porque, neste ano, com a pandemia, as flutuações de preços nos barris de petróleo no mercado internacional, principal insumo dos combustíveis, foram significativas. Nos últimos doze meses, o barril do petróleo tipo Brent oscilou entre US$ 16 e US$ 72. Mas, desde junho, a volatilidade foi fortemente reduzida a um novo patamar de preços entre US$ 40 e US$ 45. Na semana passada estava em US$ 44,20.

"O petróleo é um produto lastreado no dólar e tivemos uma alta significativa este ano na taxa de câmbio. O real foi uma das moedas que mais se desvalorizou no mundo. O que fez com que a gente não aproveitasse como deveria o que poderia ser um efeito positivo sobre os preços", afirmou o consultor em engenharia de petróleo, Ricardo Pinheiro.

É preciso também observar as particularidades de cada segmento. O gás de cozinha, por exemplo, cujo consumo disparou na pandemia, atingiu na última semana o maior preço do ano no Estado, R$ 79,48. Alta de 6,7% em relação aos preços praticados em novembro de 2019.

A gasolina se manteve praticamente estável, com alta de 0,77%, em relação ao mesmo mês do ano passado. Já o preço médio do GNV está 12,46% mais em conta, usando a mesma base de comparação. Enquanto o diesel e etanol tiveram quedas de 6,27% e 1,79% respectivamente.

Porém, considerando que a renda média do cearense é estimada em R$ 824 pelo IBGE, o impacto que o preço dos combustíveis tem sobre o orçamento das famílias é muito grande, alerta o professor de economia ecológica da Universidade Federal do Ceará (UFC), Aécio Oliveira. "E não é só o impacto na hora de abastecer, você tem o encarecimento do transporte de mercadorias, o reflexo na inflação e tudo isso volta de alguma forma para o consumidor".

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