O mecânico Yago Feitosa Correia, 28, está há dois anos à frente da oficina que era do seu avô. Sem conta bancária, o negócio ainda mantinha todo o caixa num cofre do estabelecimento até dois meses atrás. "Como sou autônomo, a maior parte do meu pagamento é feito em espécie", explica.

Mesmo administrando um negócio e observando a necessidade de ofertar outras modalidades de pagamento aos clientes, a insatisfação com o modelo tradicional das instituições financeiras e burocracias fizeram com que Yago protelasse a bancarização até se sentir seguro neste processo.

"Não concordo com algumas taxas, como para TED e anuidade. Por isso, decidi que não abriria conta nesses locais. Mas, recentemente, foi criado o Pix, algo que já deveria existir faz tempo", aponta, sobre as mudanças do sistema financeiro. Agora, com mais empresas no mercado financeiro, ele decidiu ser correntista de uma fintech, com o objetivo de aceitar cartões de crédito e gerenciar o caixa do negócio.

"Antigamente, passava em uma casa de peças onde geralmente faço compras", relata. "Eu nunca tentei ter uma conta bancária antes. Quando havia necessidade de utilizar desse tipo de serviço, recorria aos meus pais, que possuem relacionamento no banco", reforça.

Yago destaca que, além de considerar o serviço das fintechs mais justo, a possibilidade de resolver tudo de forma remota e rápida também foi um dos atrativos para, enfim, se tornar bancarizado.

"Por mais que eu tenha pouco tempo de uso, estou adorando. No banco online, não temos a necessidade de pegar filas enormes, perder várias horas do dia resolvendo uma coisa simples", avalia. "Eu vejo em uma conta online a facilidade e a comodidade, tanto em criar a conta, em realizar e receber pagamentos e fazer transferência sem custos".