Com mais pessoas em casa durante o isolamento social, o Índice Nacional da Construção Civil (Sinapi) subiu 1,84% em novembro no Ceará. Essa foi a maior alta do ano e variação desde agosto de 2017, quando chegou a 2,77%.
O resultado é 0,68 ponto percentual acima de outubro (1,16%). No ano, o acumulado ficou em 7,88%, enquanto nos últimos doze meses é de 8,31%, contra 6,75% nos 12 meses imediatamente anteriores. Em novembro de 2019, o índice foi 0,37%. O resultado do mês tem relação com a parcela dos materiais, que registrou alta de 1,61%, aumento menor que o observado em outubro (2,21%).
"O segmento de aço foi o que apresentou, em todas as regiões, uma maior alta. Dos três produtos com maior variação, dois são do segmento do aço. Também houve aumento considerável dentro do segmento de agregados (areia e pedra) e cerâmicas (tijolos e telhas cerâmicas), mas o aço teve uma subida de abrangência nacional, principalmente o vergalhão", explica o gerente da pesquisa, Augusto Oliveira.
A economista Thaís Cattani acredita que a tendência é que o setor permaneça aquecido, além da maior busca no período do fim de ano para preparar o lar para as festas. "As reformas domiciliares tiveram um boom em razão das pessoas estarem mais em casa", analisa.
"Acredita que, em 2021, a inflação desses materiais continuem alta", complementa. O custo médio do m² no Estado ficou em R$ 1.150,22, com desoneração da folha de pagamento de empresas do setor. Sendo R$ 673,51 do componente material e R$ 476,71 da mão de obra.