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Valor pode resgatar milhões de brasileiros que caíram na miséria
Economia

Valor pode resgatar milhões de brasileiros que caíram na miséria

Em setembro, mês em que o auxílio emergencial foi reduzido à metade, número de pessoas na pobreza subiu
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O programa de renda mínima servirá como um colchão para amortecer os efeitos negativos da pandemia e tirar pessoas em situação de extrema pobreza. Cenário que, segundo o Banco Mundial, deve aumentar no planeta, neste ano, pela primeira vez em duas décadas. Serão entre 88 milhões e 115 milhões de pessoas. A depender de como estará a economia em 2021, o número chegará a 150 milhões.

A instituição classifica como extremamente pobre os que têm renda inferior a US$ 1,90 por dia. Outro dado que reforça a necessidade de uma renda mínima em âmbito nacional é o levantamento da Fundação Getúlio Vargas (Ibre/FGV), com base na Pnad Covid, no qual mostra que, em agosto, havia 38,7 milhões de pessoas vivendo na pobreza no Brasil. Em setembro, o número saltou para 47,3 milhões.

A proporção da população brasileira nesta condição cresceu no período, de 18,34% para 22,41%. Já os que viviam na extrema pobreza, que era de 5,1 milhões, o equivalente a 2,4% da população, subiu para 9,2 milhões, 4,4%, na passagem de agosto para setembro. Justamente, o mês em que o valor do auxílio emergencial foi reduzido à metade, saindo da média de R$ 600 para R$ 300.

Mais pobres, sem assistência e esperanças. Um estudo realizado pela Oxfam, juntamente com outras organizações, como Anistia Internacional e Justiça Global, mostra que, enquanto os países mais ricos, que representam 14% da população global, já garantiram 53% de todas as vacinas mais promissoras até agora (suficientes para até três vezes suas populações), 67 países em desenvolvimento - alguns dos quais estão os mais pobres do mundo - somente terão vacinas para imunizar uma em cada dez pessoas em 2021. (Colaborou Irna Cavalcante)

 

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