Do ponto de vista econômico, o segmento mais impactado pelo novo decreto é o mercado de eventos sociais e corporativos. Um dos últimos a ter tido autorização para reabrir, apenas em setembro e apenas com até 100 pessoas, agora, volta a ser proibido de amanhã até o dia 4. Além disso, festas públicas e privadas também estão proibidas. E mesmo as realizadas dentro das residências estará limitada a 15 pessoas, incluídos os moradores e colaboradores.
A presidente do Sindieventos, Circe Jane, afirma que, de modo geral, o setor já esperava que o novo decreto do Governo viria nesta linha, mas acreditava que as restrições começariam a partir do dia 21. “Veio uma semana antes. Para nós é muito ruim, mas não há muito o que fazer, não existe muita margem de reinvenção, é parar, tentar ser resiliente e torcer para que a gente volte logo”.
Com isso, algumas empresas que já tinham eventos previamente agendados para este período, já estão tendo que cancelar ou remarcar. “Alguns cancelaram, mas outros ainda vamos conseguir viabilizar para fornecer a ceia, para quinze pessoas, para as residências, dentro do que diz o decreto”, explica o diretor comercial do buffet La Maison, Daniel Fiúza.
O estabelecimento chegou a ser autuado na última sexta-feira, 11, dentro das operações de fiscalização com base no decreto anterior, mas não recebeu restrições de funcionamento. De acordo com Daniel, essa primeira intervenção foi mais no sentido de orientação e que o local dispõe de todas as ferramentas para fazer as correções de protocolo. “A adequação é necessária. Os órgãos de saúde conhecem bem os riscos que a população está correndo em relação à pandemia, nós temos que obedecer e colaborar”.
Para os restaurantes, praças de alimentação, lojas de conveniência e barracas de praia, também foram impostas, a partir de amanhã, redução de uma hora no horário de funcionamento, devem fechar às 22 horas, proibição de festas e de espaços de danças, além de limitação a 50% da sua capacidade. A ocupação das mesas está limitada a, no máximo, seis pessoas.
A presidente da Associação dos Empresários da Praia do Futuro (AEPFuturo), Fátima Queiroz, informou, em nota, que as barracas de praia, em sua maioria, têm se adaptado às exigências, além de investir em treinamento e conscientização para funcionários, ambulantes e clientes para ajudar a minimizar os riscos de contágio.
“O novo decreto para esse período de festas, nos limitou na recepção de eventos em geral, mas não nos tirou a nossa atividade e vocação principal, que é receber o público cearense e visitantes para um bom e saudável dia de praia e sol em nossas barracas, com todos os cuidados e prevenções disponíveis para qualquer frequentador”.