Se o pleito do setor hoteleiro para aumento da capacidade de atendimento dos hotéis no Ceará foi atendido neste último decreto, a proibição das festas privadas no Natal e no Réveillon foi considerada ponto negativo pelo segmento.
Régis Medeiros, presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis no Ceará (ABIH-CE), comenta que solicitou para que o governo permitisse ceias, obedecendo as regas já previstas, mas veio o não como resposta e regras mais duras, como a necessidade do Selo Lazer Seguro, a ser solicitado à Secretaria de Saúde do Estado (Sesa).
"A avaliação é positiva e negativa. Positivo porque aumenta a capacidade de 60% para 80%, que era um pleito nosso. A parte negativa é termos de fechar os restaurantes e não poder tocar uma música para os nossos hóspedes, com uma ceia de Natal e Ano-Novo sem aglomerações. Sem festa, mas com uma ceia para os hóspedes", argumenta.
No setor de alimentação fora do lar, a nova regulamentação estadual prevê o funcionamento até 22 horas com 50% da capacidade. E a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes no Ceará (Abrasel-CE), avalia que, desde o fim da campanha política, o Estado enfrenta um repique de casos que custou a continuidade da abertura gradual da economia.
"O nosso setor de alimentação está na primeira linha dos prejudicados. Pagamos o preço no início do ano e estamos pagando o preço no fim do ano, ou seja, terminando pior do que começou. Esperamos que em 2021 tenhamos boas previsões", afirma o presidente da Abrasel, Rodolphe Trindade.