O Ministério da Infraestrutura prevê contratar R$ 137,5 bilhões em investimentos no próximo ano, com leilões, renovações de concessão e privatização envolvendo mais de 50 ativos. Na lista estão a concessão de 23 aeroportos, de 17 terminais portuários, da Ferrogrão, do trecho 1 da Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol), de 11 lotes de rodovias e a desestatização da Companhia Docas do Espírito Santo (Codesa).
Os certames devem render quase R$ 3 bilhões em outorga para o governo. Os números foram confirmados ontem pela pasta, em evento de balanço das ações do ministério em 2020, com as expectativas para o próximo ano. Na área portuária, além da desestatização da Codesa, a pasta planeja realizar leilões de 17 arrendamentos portuários, dentre eles quatro terminais no Porto de Itaqui (MA), dois no Porto de Santos (SP) e dois no Porto de Paranaguá (PR).
Segundo a pasta, foram 86 obras prioritárias entregues até o momento em 2020. O Ministério destacou 1.259 km de novas estradas em todas as regiões do País.
Do programa de concessões, a previsão é fechar o ano com 12 ativos de infraestrutura transferidos à iniciativa privada, entre nove leilões e três inéditas renovações antecipadas. "Tudo isso representa cerca de R$ 31 bilhões de investimentos privados contratados, o que equivale a mais de três vezes o orçamento do ministério previsto para 2020", afirmou a pasta.
O ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, afirmou que a pasta pretende contratar R$ 264 bilhões até o fim de 2022 no programa de concessões. "Temos confiança absoluta que vamos conseguir entregar os resultados", disse Freitas no evento de balanço das ações do ministério em 2020.
O fato de vários leilões programados para este ano terem sido reagendados para 2021 não compromete esse cronograma, afirmou o ministro. "2021 vai ser muito forte em termos de concessão", disse Freitas. Segundo o ministro, nos últimos dois anos, a pasta já promoveu 32 leilões ou renovações antecipadas, com R$ 26 bilhões de investimentos contratados e R$ 8,6 bilhões em outorgas para a União. (Agência Estado)