Apesar de baixa rentabilidade das aplicações da renda fixa nos últimos anos, é importante não abrir mão totalmente deste tipo de investimento. Principalmente se o objetivo financeiro for de curto prazo ou para formação de uma reserva financeira.
"Esta forma de investir tem grande liquidez, segurança e custos baixos. Porém, é preciso ter cautela, pois, no cenário de crise atual, os títulos atrelados à taxa Selic perderam um pouco da sua atratividade. Mesmo assim, a renda fixa sempre deverá fazer parte da carteira. Mas, para garantir um bom retorno, as aplicações de curto prazo devem ser pós-fixadas, isto é, apresentar retorno atrelado ao CDI (Certificado de Depósito Interbancário)", afirma Daniel Jannuzzi, economista da gestora de investimentos digital Magnetis.
Para curto prazo, ele recomenda Tesouro Selic, Certificados de Depósito Bancário (CDBs) de liquidez diária e fundos de renda fixa. Já aqueles que podem esperar mais tempo, mais de dois anos, a sugestão dele é focar em CDB, LCI, LCA, fundo de investimento e Previdência privada.
As orientações do educador financeiro Marcelo Leite também vão nesta linha. "Tudo vai depender dos seus objetivos financeiros, se você quer resgatar logo ou não, se pretende correr mais ou menos riscos. E há opções".
Na hora tomar essa decisão, ele orienta pesquisar antes as opções disponíveis no mercado e observar com atenção as taxas que incidem sobre cada produto para checar se ao fim a rentabilidade supera as perdas da inflação.
"E, nesse sentido, eu somente não recomendo apostar suas fichas na poupança. Apesar de ser a aplicação mais comum entre os brasileiros, é o pior de todos os ativos, porque a inflação está maior do que o rendimento da poupança. Ou seja, seria perder dinheiro", observa.