O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, disse ontem, 11, que o programa de vacinação contra a Covid-19 pode priorizar inicialmente a aplicação de somente a primeira dose na população, pois assim já aconteceria imunização em massa. E só depois todos receberiam a segunda dose
A falar sobre a vacina de Oxford, que será produzida no Brasil pela Fiocruz, o ministro informou que 100 milhões de doses devem chegar até junho e mais 110 milhões até dezembro, totalizando 210 milhões de doses.
"Com duas doses vai a 90 e tantos por cento (a eficácia da imunização da vacina de Oxford). Com uma dose vai a 71%. Com 71%, talvez, a gente entre para imunização em massa. É uma estratégia que o CVS (Centro de Vigilância Sanitária) vai fazer para reduzir a pandemia. Talvez o foco não seja na imunidade completa, mas na redução da contaminação. E aí a pandemia diminui muito. Podendo aplicar a segunda dose depois de um tempo Espero que tenha sido claro. Tudo isso vem pela Fiocruz e Biomanguinhos, nossa maior estrutura."
As declarações foram dadas em Manaus, onde o ministro se reuniu com o governador do Amazonas, Wilson Lima, para discutir medidas de enfrentamento à pandemia diante do avanço da doença no Amazonas. Na média dos últimos 14 dias, houve alta de 72% nas contaminações e 80% nas mortes, segundo os dados do governo estadual.
Em todo o Amazonas, tanto a rede pública como a privada encontram-se com mais de 90% dos leitos ocupados, sejam normais ou de UTI. Segundo o ministro, o Brasil já tem contratado, o total de 354 milhões de doses de vacinas.
O Brasil registrou 480 mortes nas últimas 24 horas em decorrência da Covid-19, de acordo com dados atualizados ontem, 11, pelo Ministério da Saúde. Com isso, chega a 203.580 o número total de óbitos pela doença no País. No mesmo intervalo, foram notificados 25.822 novos casos da Covid-19, elevando o total de infectados no País para 8.131.612. (AE)