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As consequências para o setor no Brasil
Economia

As consequências para o setor no Brasil

Estratégia.
Edição Impressa
Tipo Notícia

Na avaliação de Marco de Mitri, sócio-diretor da AM2, consultoria especializada em tomadas de decisões no segmento automotivo, ainda é prematuro dimensionar o tamanho que a Ford terá no Brasil. Mas é esperada uma queda significativa na participação geral no mercado brasileiro, hoje estimada em 7%, mas com aumento de competitividade nos nichos em que a montadora seguirá atuando.

"Dentro desta estratégia ficou evidente que a montadora não está preocupada em fazer volume. Ela está mais interessada em focar em veículos que tragam maior rentabilidade. Se formos olhar dentro do segmento de picapes, a Ranger é a terceira mais vendida no País, não é algo desprezível. Então, com essa especialização, a tendência é que eles sejam mais competitivos nesta área."

Marco acredita que, diante do atual cenário, haverá uma desvalorização um pouco mais forte do que o normal em relação aos modelos que serão descontinuados, seja porque terá um incentivo maior da própria montadora e das concessionárias de esgotar o estoque dos modelos, como pela percepção da marca pelo consumidor após o encerramento da produção. Mas, ele orienta cautela aos consumidores. "Em um primeiro momento, haverá uma oportunidade maior para compra, mas qualquer atitude precipitada de compra e venda pode gerar arrependimentos mais tarde porque ainda não dá para saber com exatidão como o mercado vai reagir."

Para o especialista em reestruturação de empresas, André Pimentel, da Perfoma Partners, o fim da produção de veículos da marca no Brasil já era esperado em razão da perda contínua de competitividade e atratividade de produtos da montadora no mundo. (Irna Cavalcante)

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