A receita recorde no ano passado permite que a administração do Porto de Fortaleza planeje melhorias. Mayhara Chaves destaca que desde que assumiu o cargo, em meados de 2019, o trabalho tem sido de revitalizar as contas. Para 2021, o caixa da CDC tem recursos de aproximadamente R$ 9 milhões.
Mayhara elenca medidas como a implantação de programas de modernização da gestão portuária, automação de processos, monitoramento ambiental da Biota Aquática, dos Recursos Hídricos e Sedimentos, além do fomento da parceria com a iniciativa privada para atrair novos investimentos para áreas não operacionais do porto, como focos para a gestão.
O grande projeto para 2021 deve ser mesmo o novo Plano de Desenvolvimento e Zoneamento (PDZ) portuário. "Estamos elaborando o nosso PDZ, que é para tentarmos redimensionar nossas áreas - o porto está com praticamente 100% das suas áreas ocupadas. Agora queremos redistribuir melhor nossas áreas para dar mais espaço para os granéis sólidos, como os commodities e matérias primas para indústria cimenteira, e espaço destinado 100% para as cargas gerais, como as pás eólicas", diz a presidente.
Porto com histórico reconhecido de movimentação internacional de granéis sólidos cereais e não cereais, o Porto do Mucuripe trabalha para aumentar a movimentação de cargas gerais também. Vale destacar a movimentação de frutas saindo do Ceará para destinos na Espanha, Grã-Bretanha, França e Holanda. Ainda são exportados outros produtos como lagosta congelada, nozes, plásticos e granitos. Outro foco importante será no mercado de energias renováveis.
"Este ano imaginamos que seja um ano bom, principalmente pelo fato de que o mundo inteiro está engajado na questão da sustentabilidade. Então, a tendência do mercado de energias renováveis é crescer ainda mais", diz a presidente. Ela ainda ressalta que a administração do Porto do Mucuripe trabalha com meta de crescimento em 2021 de 5% a 8% na movimentação de cargas.