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Ceará perde participação na balança de exportação do Nordeste
Economia

Ceará perde participação na balança de exportação do Nordeste

Em 2020, o Estado foi responsável por 11,5% das exportações na região, 1,95 ponto percentual a menos que a posição de 2019. Nas importações houve alta de cinco pontos percentuais, chegando a 16,74%
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PLACAS DE AÇO da CSP em área da Zona de Processamento de Exportação do Ceará 
 (Foto: Evilázio Bezerra em 14/8/2018
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Foto: Evilázio Bezerra em 14/8/2018 PLACAS DE AÇO da CSP em área da Zona de Processamento de Exportação do Ceará

A pandemia impactou de forma significativa a balança comercial cearense. Com a queda de 18,5% das exportações em 2020, o Estado perdeu também relevância na balança exportadora do Nordeste. Saindo de 13,47%, em 2019, para 11,5%, no ano passado. Por outro lado, a participação nas importações subiu cinco pontos percentuais em igual período e alcançou a marca de 16,74%.

Os dados constam no balanço anual do Ceará em Comex, divulgado na quinta-feira, 21, pelo Centro Internacional de Negócios da Federação das Indústrias do Ceará (CIN/Fiec). Em 2020, o saldo da balança comercial cearense fechou com déficit aproximado de US$ 559,5 milhões, conforme O POVO adiantou em edição no último dia 12.

Foram US$ 1,85 bilhão em exportações, queda de 18,5% em relação ao apurado no ano anterior, e US$ 2,41 bilhões em importações, alta de 2,4% em relação a 2019.

Apesar da queda da perda de participação na balança comercial do Nordeste, o Ceará segue figurando como o terceiro estado que mais exporta na Região. Atrás apenas da Bahia (US$ 7,8 bilhões) e Maranhão (US$ 3,3 bilhões). Os dois estados tiveram quedas respectivas de 4,2% e 5% em igual período.

Por outro lado, Pernambuco conseguiu ampliar suas exportações em 7,2%, fechando o ano com saldo de US$ 1,5 bilhão. Piauí também registrou alta de 7% nas exportações e figura como quinto estado que mais exporta na região (US$ 580 milhões).

Já nas importações, além do Ceará que teve alta de 2,4%, também aumentaram a aquisição de produtos do Exterior os estados do Rio Grande do Norte e Sergipe. Mas, em termos de volume de participação na Região, o Ceará está atrás da Bahia (US$ 4,7 bilhões) e Pernambuco (US$ 3,4 bilhões).

Em 2020, os principais produtos exportados pelo Ceará foram os semifaturados de ferro ou aço não ligado, que movimentaram US$ 854,2 milhões. Queda de 16,7% em relação ao acumulado de 2019.

Em seguida aparecem materiais elétricos como pás eólicas, usadas em parques de geração de energia eólica, que somaram US$ 126,6 milhões em exportações (-30,8%, em relação a 2019); e a castanha de caju, que somou US$ 84 milhões (com queda de 15,5%).

Dos dez principais produtos da pauta de exportações cearenses, o único a registrar aumento em 2020 foi o melão fresco (21,8%), que movimentou no acumulado do ano US$ 50,4 milhões.

Já os principais produtos importados pelo Ceará foram trigos e suas misturas (US$ 249.7 milhões), 14,7% a mais do que em 2019; hulha betuminosa (tipo de carvão), que apesar da queda de 40,5% nas importações, somou no ano passado pouco mais de US$ 244,3 milhões); e o óleo diesel US$ 139,4 milhões.

Dólar tem dia de oscilação indo de R$ 5,23 a R$ 5,40

O dólar teve dia de forte volatilidade ontem, 21, oscilando 17 centavos entre a máxima e a mínima. Pela manhã, a sinalização do Banco Central de que os juros podem subir em breve animou o mercado de câmbio e o dólar caiu a R$ 5,23. Nos negócios da tarde, preocupações fiscais falaram mais alto, após declarações dos candidatos apoiados pelo governo ao comando do Senado e da Câmara em defesa do auxílio emergencial, mesmo que isso acarrete a violação do teto de gastos. Com isso, a moeda americana foi a R$ 5,40.

Novamente, o real foi a moeda com pior desempenho ante o dólar no mercado internacional, considerando as 34 divisas mais líquidas. No fechamento, o dólar à vista acabou terminando o dia um pouco distante das máximas, em R$ 5,3641, com valorização de 0,98%. No mercado futuro, o dólar para fevereiro subiu 1,12%, a R$ 5,3520.

Os dois candidatos ao comando do Congresso apoiados por Jair Bolsonaro, o deputado Arthur Lira (PP-AL) e o senador Rodrigo Pacheco (DEM-MG), fizeram defesas de mais gastos sociais. "Nos preocupa a tendência de termos debates fiscais delicados, por conta da situação social, que é importante olhar com atenção. Mas infelizmente não temos condição de manter os estímulos do ano passado", disse a economista da Itaú Asset, Mirella Sampaio em live da Moldamais na tarde da quinta. Para ela, a discussão do auxilio emergencial revela a dificuldade de fazer políticas sociais do Brasil dentro da nossa situação fiscal, que é delicada. (Agência Estado)

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