O leilão do 5G é estimado em R$ 35 bilhões e visto pela Anatel como uma oportunidade de melhorar exponencialmente a qualidade da internet no País, ao mesmo tempo em que atualiza a tecnologia usada na transmissão de TV por antenas parabólicas.

Segundo o presidente da agência, Euler de Morais, "a maior parte dos recursos que forem obtidos com o leilão vai ser destinada a compromissos de investimentos, incluindo a própria migração do sinal de TV por antena parabólica, além de recursos para expandir a rede de fibra ótica nas regiões Norte e Nordeste e para levar internet móvel às rodovias federais". 

A adoção de filtros tecnológicos para tentar evitar interferências no sinal das parabólicas foi uma das opções avaliadas pela Anatel para solucionar o problema e era a opção preferida das operadoras de internet, por ser tida como mais barata e rápida de ser implantada, mas simulações feitas em computador indicaram que essas ferramentas não seriam eficientes para impedir interferências.

Segundo o professor titular de Telecomunicações da UFC, Rodrigo Porto, caso tivesse sido adotada a solução dos filtros, o País "perderia uma oportunidade de superar essa tecnologia obsoleta, que é a TV analógica dessas transmissões em banda C feitas por antenas parabólicas".

O estudioso avalia que, apesar do temor das operadoras de internet com os custos dessa migração e com um eventual atraso na implantação da tecnologia 5G no País, "é possível conciliar as variáveis desse upgrade, dentro do pacote maior de investimentos e de retorno de investimentos que o 5G vai gerar para essas empresas e para o País".

A tecnologia 5G deve permitir velocidade download entre 1 e 20 Gbps (gigabytes por segundo), o que é, em média, 25 vezes mais rápida que a permitida com a tecnologia 4G.

Com isso, vídeos poderão ser baixados em segundos e videochamadas poderão ser realizadas em altíssima qualidade.