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Fim do lockdown: Comércio aposta em retomada das atividades no dia 5 de abril
Economia

Fim do lockdown: Comércio aposta em retomada das atividades no dia 5 de abril

| Debate | Após aceno de Camilo ao setor produtivo, na última sexta-feira, 26, comitê prepara análise de impactos sobre a economia e agenda reuniões para a próxima semana
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Diferença no horário de início e término dos expedientes é a proposta do setor (Foto: BÁRBARA MOIRA)
Foto: BÁRBARA MOIRA Diferença no horário de início e término dos expedientes é a proposta do setor

A semana que começa neste domingo, 28, será decisiva para a definição de retorno ou não das atividades do comércio. Representante do setor no comitê organizado pelo Governo do Estado, Maurício Filizola, presidente da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo no Ceará (Fecomércio-CE), diz acreditar que a proposta apresentada por ele há duas semanas deve servir de guia para a reabertura dos negócios no dia 5 de abril. No texto, o empresário propõe horários diferentes para início e fim dos turnos de lojas de rua, de shoppings e restaurantes.

“Nós tivemos um diálogo mais próximo com o dr. Cabeto (secretário de Saúde), com o Flávio Ataliba (coordenador do comitê de retomada), para quem encaminhamos a proposta do setor como um todo. Pela sinalização colocada, essa semana deve avançar. Os números (de contaminação e morte) estão se encaminhando para a estabilidade e é provável que possamos estar reorganizando a abertura do comércio para a partir do dia 5”, declarou Filizola.

O pronunciamento do governador Camilo Santana na última sexta-feira, 26, é o motivo da confiança do comércio. Ao mesmo tempo que prorrogou o lockdwon por mais uma semana, Camilo acenou ao setor produtivo, afirmando que os estudos para a reabertura seriam iniciados. Ontem (27) mesmo, Flávia Ataliba, coordenador do comitê de retomada, reuniu-se com técnicos e demandou estudos a respeito do impacto econômico sobre o setor.

Uma agenda de reuniões para esta semana deve ser marcada entre as partes já a partir de amanhã, 29, na qual os termos de retorno serão debatidos. O próprio comércio admite que não deve haver uma retomada completa das atividades, segundo Filizola: “Não digo voltar de forma plena, de tudo ao mesmo tempo, mas ir organizando o número de colaboradores, horários, setores e tudo isso vai se engrenando aos poucos, se juntando com os demais setores produtores”.

A diferença de 2 horas para o início e o fim dos expedientes em lojas de rua, de shoppings e restaurantes é a principal estratégia do comércio. O objetivo é “dar a contribuição do setor” para evitar aglomerações no transporte público – alvo de críticas desde o decreto do novo lockdown devido à oferta insuficiente de ônibus para a população.

É uma preocupação nossa ainda a questão do transporte público e é necessário um aprimoramento e cuidado detalhado em relação a esse ambiente no momento dos deslocamentos. O que cobramos também do próprio poder público é a fiscalização dos informais e ilegais que acabam prejudicando quem cumpre os protocolos sanitários. Estamos realmente confiando que o governo faça sua parte”, finalizou o presidente da Fecomércio-CE.

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