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Variante brasileira representa quase 90% dos casos de Covid-19 na Capital
Economia

Variante brasileira representa quase 90% dos casos de Covid-19 na Capital

| Pandemia | Em entrevista à O POVO CBN, o prefeito de Fortaleza, José Sarto (PDT), falou sobre o combate à pandemia nos primeiros 100 dias de gestão
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RECRUDESCIMENTO da pandemia em janeiro veio diferente e aumentou o tempo de internação (Foto: FABIO LIMA)
Foto: FABIO LIMA RECRUDESCIMENTO da pandemia em janeiro veio diferente e aumentou o tempo de internação

Cerca de 90% dos casos de Covid-19 registrados em Fortaleza, atualmente, estão relacionados com a P1, variante brasileira do Sars-Cov-2, coronavírus causador da doença. Isso levou a uma segunda onda da pandemia em que o tempo de permanência nas unidades hospitalares foi maior, assim como a quantidade de insumos consumida. As informações foram divulgadas pelo prefeito José Sarto (PDT), em entrevista concedida ao programa O POVO no Rádio, da O POVO CBN, na última segunda-feira, 12.

"O problema maior que apareceu no inicio de janeiro foi o recrudescimento da pandemia de forma completamente diferente", reconhece Sarto. A mudança no tempo de internação e no consumo de medicamentos e insumos como oxigênio hospitalar se deu pela mudança no perfil da população atingida pelo vírus. Dessa vez, houve mais casos, impacto em parcela mais jovem, de 30 a 49 anos, "naturalmente mais resistente" do que idosos.

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"Demorando um pouco mais (na internação), aumenta o consumo do que chamamos de materiais e medicamentos. E isso leva, evidentemente, a um gasto maior com recursos humanos", afirmou o gestor, no programa que marcou a estreia da nova grade de programação da Rádio O POVO CBN.

Entre as prioridades durante os 100 primeiros dias de mandato, Sarto destacou a vacinação, a expansão da rede de assistência, a contratação de equipe e a garantia de que não faltem insumos. O prefeito citou ainda que já foram entregues 956 leitos para pacientes com Covid-19. A expectativa é disponibilizar 1.129 vagas exclusivas.

"Paralelamente a isso, também andamos fiscalizando as obras do nosso cronograma. Entregamos, antes de ontem, uma Escolas de Tempo Integral no (bairro) Bonsucesso. Entregamos virtualmente, porque as aulas estão acontecendo de forma remota", complementa o chefe do Executivo municipal.

Ontem, 12, teve início a retomada gradual das atividades econômicas no Ceará. Sobre a decisão, José Sarto aponta que, em mais de um mês de isolamento rígido, foi possível baixar indicadores como o número de casos e a pressão assistencial em Unidades de Pronto Atendimento (UPA) e postos de saúde. "Entretanto, não conseguimos baixar a circulação viral. Como havia dito, essa é uma variante diferenciada", reconhece.

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O gestor reforçou o trabalho do Comitê Estadual de Enfrentamento à Covid-19 e lembrou que o grupo é formado por representantes do Legislativo, Executivo, Judiciário, técnicos da saúde do Estado e do Município, Ministério Público Federal e Estadual, além de líderes religiosos e representantes de setores econômicos.

Fortaleza registra 181 mil casos confirmados de Covid-19 e mais de 6,7 mil óbitos acumulados desde o início da pandemia, em março de 2020. As informações são do IntegraSus, plataforma da Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa), atualizado às 9h16min de ontem, 12. No Estado, o número de casos confirmados da doença passou de 591,3 mil; e o de óbitos ultrapassou 15,5 mil.

As taxas de ocupação em Unidades de Terapia Intensiva (UTI) para adultos em Fortaleza e no Ceará, respectivamente, eram de 95,8% e 96,1%, segundo dados informados às 21h05min. Ao todo, 961 pacientes aguardavam leitos no Estado — 570 para UTI e 391 para enfermaria —, às 19h07min. Do total, 260 esperavam vagas na Capital — 173 para UTI e 87 para enfermaria. (Colaborou Ítalo Cosme)

 

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