A demanda por dados gerados pelo programa de videomonitoramento do Governo do Estado motivou a Empresa de Tecnologia da Informação do Ceará (Etice) a propor um "upgrade" nos equipamentos conectados ao backbone do Cinturão Digital, revelou Raimundo Osman Lima, diretor de Operações da Etice. O custo estimado é de R$ 25 milhões e o projeto está em análise pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).
Ele explica que a infraestrutura de cabos de fibra ótica não será alterada, pois o que é preciso para dotar a conexão de maior capacidade é a mudança nos equipamentos que se conectam à fibra. De acordo com ele, o projeto prepara a rede própria do Estado para um tráfego de 5,2 mil terabits por segundo.
Hoje, enquanto o consórcio BWM opera 1 terabit por segundo, a infraestrutura do governo do Estado não passa de 20 gigabit por segundo. A marca é insuficiente para a próxima fase do programa de videomonitoramento implementado pelo governo cearense, que envia imagens de câmeras instaladas nas ruas de diversas partes do Estado para a Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS).
"O projeto de videomonitoramento só foi viabilizado pela infra de fibra que tinha. A primeira fase era instalar câmeras nos municípios que possuem acima de 50 mil habitantes. A segunda fase foi a Capital, onde também estamos muito bem de fibra. E a terceira fase é nas cidades entre 30 mil e 50 mil habitantes. Isso vai aumentar muito o volume de tráfego no Cinturão. Nas atuais circunstâncias, esse volume representa uma carga excessiva", explica sobre a necessidade do "upgrade".