Responsável por manter as vendas do varejo de alimento durante e após o lockdown do ano passado, o auxílio emergencial deste ano ainda não surtiu efeito esperado para no comércio de carnes frescas e nem nos supermercados do Ceará, segundo contam os representantes do Sindicato do Comércio Varejista de Carnes Frescas do Ceará (Sindicarnes-CE) e da Associação Cearense de Supermercados (Acesu).

A primeira parcela do benefício saiu só primeira semana de abril e com uma redução drástica do valor (de R$ 600 caiu para R$ 375, R$ 250 ou R$ 150, dependendo da configuração da família beneficiada), da quantidade de pessoas (22,6 milhões ficaram de fora nesta nova etapa) e com bem menos meses (apenas 4). "Não temos percebido (o efeito do novo auxílio) como a gente sentiu no primeiro. Para ter ideia, em janeiro, quando acabou (a primeira leva de parcelas), percebemos uma queda mesmo nas vendas. Mas esse de agora ainda não tem percebido a elevação em nada", afirma Nidovando Pinheiro, diretor da Acesu.

Já o presidente do Sindicarnes-CE, Everton da Silva, mantém o otimismo em relação ao auxílio emergencial para o setor. "Qualquer dinheiro que entra no mercado alavanca a economia. Se é muito alavanca mais. Esse pouquinho, no fim, vira alguns milhões. Então, é bem-vindo", fala, ressaltando que "a primeira coisa que a pessoa faz depois de receber um dinheiro no começo do mês é passar no açougue para comprar uma carne".

A declaração tem fundamento no fluxo do caixa dos comércios setor, os quais, entre os dias 1º e 10 de cada mês, atingem o pico de vendas. Depois, observam quedas drásticas na primeira quinzena e após o dia 25.