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Comércio cita desafios mesmo com Pronampe e BEm
Economia

Comércio cita desafios mesmo com Pronampe e BEm

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Comércios de rua no Ceará estão abrindo com 25% da capacidade e nos horários de 7h às 13h ou de 10h às 16h, a critério de cada município (Foto: Luciano Cesário)
Foto: Luciano Cesário Comércios de rua no Ceará estão abrindo com 25% da capacidade e nos horários de 7h às 13h ou de 10h às 16h, a critério de cada município

Em meio à reabertura gradual das atividades econômicas, representantes do comércio no Ceará, veem com bons olhos a reedição dos programas federais de auxílio emergencial às empresas, mais precisamente o Pronampe e o BEm. A inclusão do retorno dessas medidas na LDO, a propósito, contou com a articulação do segmento junto ao Congresso Nacional.

De acordo com o presidente da Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do Ceará (FCDL) e diretor da Confederação Nacional dos Dirigentes Lojistas (CNDL), Freitas Cordeiro, entidades de todo o País mantiveram reuniões com parlamentares ao longo de todo ano reivindicando a volta dos auxílios. "Eles já foram importantes na primeira na onda e são ainda mais importantes nesse momento da pandemia", ressalta.

Cordeiro admite as limitações na versão 2021 dos dois programas, mas prefere evitar críticas mais contundentes. "Certamente, não vai ter a mesma extensão. Não deveria ter tido esse hiato tão grande, mas à repercussão é positiva, senão, não teríamos lutado tanto por ela. É mais um esforço que nós temos que abraçar", sustenta. Ele lamenta, contudo, os impactos da crise sanitária e econômica sobre o movimento lojista. "Muitas empresas que poderiam contar com um Pronampe hoje ficaram pelo caminho e muitas que surgiram, se você for olhar, são de pessoas que ficaram desempregadas e se tornaram microempreendedores individuais", diz.

Já para o presidente da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Ceará (Fecomércio-CE), Maurício Filizola, "os programas retornam em uma situação, quando comparada à do ano passado, mais desafiante em relação à economia, que está um pouco mais frágil. Ela vinha se recuperando, mas com a nova parada, o setor produtivo ficou muito desarticulado porque afasta a empresa dos clientes e dos fornecedores. Além disso, a inserção de mecanismos digitais de venda ainda não está tão acelerada, especialmente, entre os pequenos negócios, que ainda não têm o hábito de utilizarem esses canais com os clientes".

Falando especificamente sobre o Pronampe ele elogia o fato dos financiamentos se darem em condições de juros mais baixos, mas orienta que os comerciantes estejam sempre atentos. "Nosso setor, com as suas fragilidades, precisa de acessibilidade e rapidez nas tomadas de decisão e isso inclui a questão da tomada de empréstimos. E, como nós observamos no ano passado, a gente sofreu muito com isso, porque as regras eram muito engessadas, dificultando o crédito. Era preciso haver mais flexibilização", defende Filizola. (Adriano Queiroz)

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