Maior indústria do Ceará, a Companhia Siderúrgica do Pecém (CSP) é um case de sucesso quando o assunto é empregabilidade. Respondendo por 50% das exportações cearenses e 63% das movimentações de cargas, entre matérias-primas, equipamentos e produtos exportados para mais de 23 países, os dados grandiosos da CSP também envolvem o mercado de trabalho. Atualmente, a empresa impacta na manutenção de 22 mil empregos entre diretos, terceirizados e indiretos.
Somente em março passado foram contratados 191 profissionais e ainda há previsão de mais admissões. A variedade de ramos é diversa, indo dos mais graduados ao nível técnico. Desde o início da pandemia, a CSP não dispensou ninguém nem usou a possibilidade de reduzir contratos de trabalho ou salários.
Se no início da operação da CSP era mais comum a importação de talentos estrangeiros, hoje os brasileiros são destaques. E a formação profissional é o segredo. Este é o caso de Camyla Figueiredo, 39, mãe de três filhos, formada em Comércio Exterior, com especialização e promovida ao cargo de especialista financeiro da CSP em 2021.
Na CSP há quase quatro anos e meio, destaca que a empresa proporcionou a continuidade de sua formação e num período curto de tempo recebeu três promoções. "Sempre temos de estar em busca de conhecimentos, isso é bom tanto para o funcionário quanto para a empresa. E a CSP tem enxergado o esforço, a empresa dá muito auxílio e vê muito o lado do trabalhador", afirma.
A empresa também tem investido forte na formação de futuros líderes, buscando estudantes em parcerias com o Senai-CE e IFCE Pecém. Esse propósito tem gerado frutos para as comunidades ao entorno, como São Gonçalo do Amarante e Caucaia.
Moradora da comunidade Parada, em São Gonçalo, Patricia Lima, 20, é estudante de nível técnico em Química no IFCE Pecém. Membro do programa de Jovem Aprendiz da CSP até o início do ano, foi contratada como laboratorista de matérias primas trainee em sua primeira experiência de emprego formal.
Patricia conta que se inspirou em amigos e vizinhos que também passaram pelo mesmo processo e cresceram dentro da empresa. Contratada no início de abril, destaca: "O curso de jovem aprendiz fez total diferença para que eu me sentisse mais preparada e engajada com a empresa. Tenho a vontade de aprender. A CSP fez o que pode para contratar esses jovens aprendizes".
"A CSP mantém-se firme no intuito de fortalecer a região. Em um momento delicado, vejo um facho de esperança nessas contratações", ressalta a especialista de aquisição de talentos da CSP, Rafaelle Figueiredo.