Logo O POVO+
Pague Menos lança programa de benefícios com consultas médicas subsidiadas e reembolso de medicamentos
Economia

Pague Menos lança programa de benefícios com consultas médicas subsidiadas e reembolso de medicamentos

O serviço, que integra o hub de saúde da rede de varejo farmacêutico cearense, deve começar a ser comercializado em todas as lojas a partir de 20 de maio
Edição Impressa
Tipo Notícia Por
AUMENTO de capital será usado para fortalecer caixa da Pague Menos (Foto: Aurelio Alves/ O POVO)
Foto: Aurelio Alves/ O POVO AUMENTO de capital será usado para fortalecer caixa da Pague Menos

Mirando na expansão do seu hub de saúde, a cearense Pague Menos lança no próximo dia 20 deste mês o Sempre Bem Club, um clube de benefícios em saúde que vai oferecer, mediante um plano de assinatura mensal a partir de R$ 20,90, descontos em uma rede de mais de 6 mil consultórios médicos e laboratórios, além da possibilidade de reembolso de medicamentos.

A novidade foi anunciada ontem pelo presidente da Pague Menos, Mário Queirós, em teleconferência da companhia para investidores. “Esse produto vem para potencializar o nosso hub de saúde preenchendo uma lacuna no cuidado de saúde primária dos nossos clientes, que em sua maioria não tem acesso a plano de saúde”, afirmou.

Na prática, o clube de benefícios, terá três pilares. Na área de assistência médica, vai oferecer consultas e telemedicina a preços populares e orientação médica gratuita 24 horas por telefone. Na assistência laboratorial terá descontos em exames médicos e odontológicos e check up anual. Já na seara farmacêutica, vai oferecer os serviços básicos do Clinic Farma (espaço destinado ao atendimento farmacêutico dentro das farmácias da rede); além de uma política de reembolso de medicamentos que pode chegar a até R$ 300 por ano.

Pague Menos lançará este mês programa com consultas subsidiadas e reembolso de medicamentos
Pague Menos lançará este mês programa com consultas subsidiadas e reembolso de medicamentos (Foto: BARBARA MOIRA)

O novo serviço será executado em parceria com a Tem Saúde, Memorial International e e-Pharma. Neste caso, a Pague Menos, além de complementar a gama de serviços de saúde que já oferece aos clientes, também entraria, em termos econômicos, com um percentual sobre as vendas. A expectativa é vender cerca de 50 mil cartões desse plano de desconto nos primeiros doze meses de operação. “A gente está bem confortável tanto na rentabilidade deste produto, quanto na aceitação do mesmo pela população”, afirmou.

Impulsionar e consolidar a marca como um hub de saúde é uma das metas da Pague Menos em 2021. No primeiro trimestre deste ano, os serviços de saúde agregados, como os da Clinic Farma, já foram um importante componente para o bom desempenho financeiro da companhia.

Foram mais de 690 mil consultas realizadas no período, em grande parte impulsionadas pela aplicação de mais de 500 mil testes de Covid-19. A rede varejista cearense sozinha foi responsável por 20% de todos os testes contabilizados pela Associação Brasileira das Farmácias (Abrafama) no País.

Resultados

De acordo com o balanço financeiro da Pague Menos, apresentado ontem, a companhia registrou um lucro líquido de R$ 44,2 milhões no primeiro trimestre deste ano. Alta de 380% em relação ao mesmo período de 2020.

A receita bruta, de janeiro a março, foi de R$ 1,9 bilhão, alta de 8,3% em relação ao ano anterior, com crescimento de vendas em “mesmas lojas” (operação há mais de 12 meses) de 9,6% e lojas maduras de 8,7%.

Apesar do repique da pandemia que afetou o Brasil no primeiro trimestre deste ano e do fim do auxílio emergencial, o diretor financeiro da Pague Menos, Luiz Novais, informou que a companhia tem conseguido entregar números bem robustos e consistentes devido a melhorias operacionais.

As vendas online, por exemplo, apresentaram alta de 140% em relação ao primeiro trimestre de 2020, fazendo com que o canal digital representasse hoje 6,1% das vendas totais. Já o ticket médio (quanto o cliente gasta em média em uma compra) subiu 22,8% e passou a ser de R$ 73,28.

Em documento enviado a investidores, a empresa destacou que hoje o nível de crescimento da companhia é alto considerando que a base de comparação do primeiro trimestre foi impactada pela antecipação de compras relacionada ao desdobramento da pandemia de Covid-19 em março de 2020. O resultado também é “muito bom para um início de ano, que tipicamente conta com menor volume de vendas e margens”.

O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) subiu 27,1%, para R$ 159,3 milhões. A margem Ebitda foi de 8,3%, incremento de 1,2 p.p.

A rede de farmácias encerrou o período com 1.101 lojas distribuídas em 325 municípios, sendo 88,5% de lojas maduras. A mais recente delas foi inaugurada no último mês de março.

Luiz Novais ressaltou, no entanto, que a velocidade de expansão da rede, dado o atual cenário, só deve ocorrer de forma plena a partir do terceiro trimestre. “Vamos voltar a acelerar reaberturas mais no segundo semestre, porque no segundo trimestre ainda não será possível atingir essa normalização. Chegamos a abrir 120, 150 até 170 lojas em um ano. Não devemos voltar a esse pico, mas ainda será número relevante”.

Ela informou ainda que a empresa elevou seus estoques de produtos no primeiro trimestre, antes do reajuste de medicamentos autorizado anualmente, em abril, e com isso vai conseguir aumentar a rentabilidade no segundo trimestre.

Desde que abriu capital, em setembro do ano passado, as ações da Pague Menos tiveram variação acumulada de 12,9%.

LEIA MAIS:

Venda de teste de Covid-19 em farmácias cresceu 293,8% no Ceará

Farmacêutico inscrito no Conselho Federal é autorizado a vacinar contra a Covid-19

 

 

 

 

O que você achou desse conteúdo?