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"A gente não pode comer melhor porque o dinheiro não dá"
Economia

"A gente não pode comer melhor porque o dinheiro não dá"

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Sérgio Lucas Cavalcante, contador aposentado  (Foto: FOTOS Aurelio Alves)
Foto: FOTOS Aurelio Alves Sérgio Lucas Cavalcante, contador aposentado

O contador aposentado Sérgio Lucas Cavalcante faz uma analogia tragicômica para definir como ele e a família têm enfrentado a crescente inflação de produtos e serviços na Grande Fortaleza.

"A gente tem que fazer tipo malabarismo. Não pode comer melhor porque o dinheiro não dá, mas a gente não pode passar fome se não vai morrer. Então tem que ficar balançando de um lado para o outro com as contas para ver o que é que sobra para comer", narra com bom humor e a experiência de quem já enfrentou muitas adversidades.


"Nós temos carro, mas só tenho circulado quando é necessário porque não dá para gastar mais com combustível do que com comida. Você abastece um litro por mais de R$ 5, roda 10 quilômetros e já gasta meio litro. Aí não compensa, a gente tem que economizar o combustível e sair o mínimo possível. Outra coisa que a gente tem feito é adiar reformas. Se precisa fazer um reparo e não for algo urgente, deixa para o fim do ano, quando vier o décimo terceiro salário", exemplifica o aposentado.

Ele também explica que a inflação e a pandemia têm obrigado a tornar mais caseiras as opções de lazer. "Se eu quero tomar uma cachacinha com churrasco, prefiro fazer isso em casa e gastar uns R$ 40. Se você vai a um restaurante, fica exposto e ainda gasta de R$ 80 a R$ 100", compara.

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