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Expansão de cargas expõe gargalos
Economia

Expansão de cargas expõe gargalos

Combustíveis, estradas e segurança
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Bruno Hacad, diretor de operações da FreteBras, aponta gargalos para o setor de logística rodoviária no Ceará (Foto: Marcelo Pereira/Divulgação)
Foto: Marcelo Pereira/Divulgação Bruno Hacad, diretor de operações da FreteBras, aponta gargalos para o setor de logística rodoviária no Ceará

O aumento no fluxo de cargas no Ceará, atestado mensalmente pela balança comercial local, também foi alvo de levantamento da FreteBras. A plataforma atua diretamente com os caminhoneiros autônomos e indicou uma expansão de 77% no trânsito de cargas do Estado nos primeiros três meses deste ano, frente ao primeiro trimestre de 2020. Foi um salto de 13,6 mil toneladas para 24,11 mil toneladas em 1 ano. O aumento deste peso expõe os gargalos.

Entre os principais está um componente que apena o cearense semanalmente: o combustível. O diesel utilizado pelos caminhoneiros é apontado como responsável por 54% da composição geral dos gastos deles. Os pneus e a manutenção dos veículos, que estão diretamente relacionados às condições das estradas, representam apenas 6% e 3%, respectivamente.

"O diesel é o que mais preocupa. Representa mais da metade do valor do frete, então, quando você vê no Nordeste um aumento de 20% no diesel e vê um aumento só de 5% no valor do frete é superalarmente", observa Bruno Hacad, diretor de operações da FreteBras, acrescentando o componente insegurança e indicando que isso acaba impactando a cadeia toda.

Isso porque o caminhoneiro vai repassar o aumento à transportadora para qual faz as corridas, que vai aumentar o valor cobrado à indústria produtora da carga e isso resulta em um aumento generalizado, chegando ao consumidor final dos itens cujas cargas são insumos.

No Ceará, a escalada do diesel continuou na última semana, chegando o preço médio do litro custar R$ 4,54. O alto valor do combustível, segundo o presidente da CSLog, Marcelo Maranhão, faz até que os caminhoneiros abasteçam nos limites cearenses, antes de entrar no Estado, para gastar menos.

Com os componentes do preço do frete inflados, o custo de envio das cargas no Ceará também cresceu. O indicador composto pela FreteBras indica um aumento de 6,21% no Ceará. No Nordeste, o foi a terceira maior variação, atrás apenas de Maranhão (21,24%) e Rio Grande do Norte (9,16%).

Crescimento do volume de fretes no trimestre

  • BA: 101%
  • PE: 107%
  • RN: 66%
  • CE: 77%
  • MA: 58%
  • SE: 58%
  • PB: 68%
  • AL: 102%
  • PI: 127%

Variação do preço do frete no trimestre

  • MA: 21,24%
  • RN: 9,61%
  • CE: 6,21%
  • PB: 4,25%
  • PE: 4,21%
  • BA: 3,44%
  • SE: -0,54%
  • AL: -0,72%
  • PI: -2,38%

Fonte: FreteBras

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