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Rodovia atenua gargalos logísticos do Ceará
Economia

Rodovia atenua gargalos logísticos do Ceará

Vantagens e desvantagens
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Limites de peso diferentes entre rodovias estaduais e federais causam mais prejuízo à logística cearense, diz presidente da CSLog (Foto: FCO FONTENELE)
Foto: FCO FONTENELE Limites de peso diferentes entre rodovias estaduais e federais causam mais prejuízo à logística cearense, diz presidente da CSLog

O padrão de rodovia federal adotado para o Arco Metropolitano, o tal padrão Dnit, permite o trânsito de veículos mais pesados na pista e deve resultar na principal melhoria ao transporte de cargas no Ceará, segundo avalia o presidente da Câmara Setorial Logística (CSLog), Marcelo Maranhão. O trajeto menor para algumas das principais rotas de itens para embarcar no Porto do Pecém, como a de frutas, e o menor tráfego de veículos pequenos completam as vantagens apontadas pelo empresário para o projeto.

A limitação do peso das carretas em estradas cearenses é apontada pelo presidente da CSLog como um dos principais gargalos logísticos do Ceará. De acordo com ele, "na maioria das rodovias estaduais, o limite de transporte de peso é de 27 toneladas", mas, "hoje, o grande volume e frota é para 40 toneladas ou 50 toneladas". Esse impedimento implica em mais custos, pois as carretas bitrem cujos destinos são cidades atendidas por vias não-federais precisam deixar parte da carga em um local seguro na via federal e dar duas viagens para completar a viagem. Transtorno que não deve acontecer com a efetivação do Arco Metropolitano.

Perguntado se o pedágio seria um empecilho ao desenvolvimento da logística rodoviária, ele aponta o inverso disso: "O pedágio numa rodovia com excelente pavimento num valor justo é a melhor coisa do mundo. Já imaginou se eu venho de Mossoró trazendo frutas do Vale do Jaguaribe para exportar para o Porto do Pecém? A economia que eu vou ter se entrar no Arco Metropolitano saindo na CE 155, além da redução da distância, da redução do tempo, redução do tráfego de dentro do Anel Viário... Esse pedágio não vale nada".

Apesar do entusiasmo, o presidente da CSLog aponta ainda mais dois outros grandes problemas para as rodovias cearenses: os projetos do 4º Anel Viário e da CE 155. O motivo está no tempo de elaboração dos projetos das duas vias, que ele considera ultrapassados para a realidade atual do Ceará, na qual as movimentações pelos portos do Pecém e Mucuripe só aumentam.

Quantidade de faixas, curvatura dos retornos adequados a carretas maiores e qualidade do pavimento são pontos citados por ele como fora da atual necessidade do Ceará. Sobre essas questões o presidente da CSLog revela que um documento está sendo feito para ser levado ao novo presidente da Agência de Desenvolvimento do Ceará (Adece), Francisco Rabelo. As câmaras setoriais são vinculadas à Adece e os pleitos devem ser trabalhados por eles para tentar melhorias para a logística cearense.

 

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