Os representantes dos empresários do setor de farmácias estão atentos ao negócio encaminhado por Pague Menos e Extrafarma. Maurício Filizola, diretor do Sindicato do Comércio Varejista de Produtos Farmacêuticos do Estado do Ceará (Sincofarma-CE), diz que o setor foi beneficiado positivamente com a pandemia, que proporcionou crescimento de demanda e reavivou o papel social do segmento, até de orientação e permissão para novos serviços.
Sobre o negócio, Filizola enfatiza que, independente do tamanho que a Pague Menos abocanhe no mercado, "é necessário, sim, um respeito a todos" no segmento, de forma a não estrangular os pequenos e médios negócios e aconteça quebradeira e desemprego. "Esperamos que as práticas de mercado sejam mantidas de forma responsável e que haja maturidade para não desregular o mercado."
Para a autônoma Gabrielle Barreto, 22, consumidora fidelizada da Extrafarma, a confirmação do acordo - que ainda aguarda a devida ratificação do Cade - aumenta a curiosidade sobre a continuidade ou não dos produtos exclusivos Be Better, que eram comercializados na rede. A obtenção de descontos é outra questão. "Eu fico um pouco apreensiva, sim. Na extrafarma, o sistema de desconto é o mesmo para todos os clientes que têm cadastro, o preço com o desconto está sempre expresso nas etiquetas dos produtos, o que deixa a escolha entre marcas e tipos mais fácil. Já na Pague Menos o desconto é progressivo, de acordo com o cliente."
De acordo com a companhia, as lojas adquiridas deverão impulsionar o crescimento pela diversificação e oferta de serviços que compõem o chamado hub de saúde Pague Menos. "A companhia acredita que até 70% das unidades da Extrafarma têm potencial de implementação do Clinic Farma e apresentam alta adesão para seu público-alvo. As operações da Pague Menos no digital serão fortalecidas com esses 402 novos pontos para retirada de produtos e, no caso de São Paulo, estado com alta penetração do digital, ainda haverá expansão de 50% do footprint de distribuição."