Há mais de um ano desempregado, Thiago Queiroz, 37, entrou na leva de cortes feita no restaurante no qual trabalhava como garçom devido à paralisação das atividades. Bares e restaurantes estiveram entre os setores cujo impacto da pandemia foi dos mais duros e as demissões foram tão frequentes quanto o fechamento dos negócios.
A relação com os clientes e com os colegas de trabalho foi o que ficou para Thiago, que, atualmente, faz serviços temporários para ajudar a manter a casa. Com ele, moram a mãe, pensionista, e o padastro, que também está desempregado há mais de um ano.
Desde a dispensa no restaurantes, a rotina de consumo dos três mudou. As economias feitas no orçamento da casa impactaram na alimentação e em itens mais básicos. O objetivo da família é não ter problemas para manter o aluguel em dia.
O aumento dos preços no supermercado também têm surtido efeito para eles, que lamentam dos preços elevados da carne, e já começam a buscar alternativas para manter a mesa cheia.
Mesmo sem expectativa de uma contratação imediata aos moldes de como era, com carteira assinada, Thiago diz pretender seguir na função de garçom e em busca de outro emprego.